Ao Prémio da União Europeia para Mulheres Inovadoras de 2017, lançado pela Comissão Europeia (CE), que já vai na quarta edição, pode candidatar-se qualquer mulher de qualquer nacionalidade que viva num Estado-Membro da UE ou num país associado ao Programa Horizonte 2020.
As candidatas devem ter fundado ou cofundado uma empresa com um volume de negócios igual ou superior a 100 mil euros. A edição de 2017 apresenta ainda uma nova categoria, a de Inovadora Emergente, para empreendedoras com idade inferior a 35 anos.
Depois de 3 de novembro de 2016, data de fecho para a receção de candidaturas, um júri de “alto nível” irá avaliar e selecionar as quatro vencedoras, que serão anunciadas numa data próxima do Dia Internacional da Mulher que se assinala a 8 de março de 2017.
Os quatro prémios têm um valor que vai de 100 mil euros para o 1º prémio, a 50 mil euros para o 2º prémio, a 30 mil euros para o 3º prémio e 20 mil euros para o prémio de Inovadora Emergente.
Para Carlos Moedas, Comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, «o Prémio da UE para Mulheres Inovadoras destaca apenas algumas das muitas mulheres que contribuíram para a economia europeia do conhecimento”.
Um dos exemplos, indica Carlos Moedas, é o das vencedoras das edições anteriores do prémio que “alcançaram proezas consideráveis em áreas tão diversas como a imunologia, as telecomunicações e o desenvolvimento de software”, e acrescenta que “estes prémios possibilitam às vencedoras continuar o respetivo percurso de inovação e encorajam outras mulheres a seguir os passos destas empreendedoras extraordinárias”.
As mulheres representam apenas 30% de todos os empreendedores na Europa, e com o prémio, que é financiado através do Programa de Investigação e Inovação da União Europeia, o Horizonte 2020, a UE pretende não só dar a conhecer algumas das mulheres que ultrapassando barreiras se tornaram empreendedoras, mas também pelo acesso ao financiamento e a redes de contatos possibilitar maior participação feminina nos domínios do empreendedorismo inovador.
Desde a primeira edição do prédio, que se iniciou em 2011, mais de 260 mulheres participaram no concurso. Em 2016 o lote das vencedoras incluiu a portuguesa Susana Sargento que transformou automóveis em hotspots de wifi, a finlandesa Sirpa Jalkanen, de quem partiram inovações que permitiram o desenvolvimento de novos compósitos fármacos contra o cancro da mama e da próstata, e Sarah Bourke da Irlanda, pela sua tecnologia espacial pioneira que é usada pela Estação Espacial Internacional, NASA.