Ponto mínimo dedicado a Louise Bourgeois
Há fragmentos de monstros: uma 2ª monstruosidade. Um corte sobre outro corte não estanca a hemorragia, mas baralha-a: para onde corre o medo se abrimos centenas de portas?
Comportamentos belíssimos são conspurcados por um ponto mínimo; e quem vê só consegue olhar para o obsceno, esse ponto mínimo. Porque o mal não pode ser medido com os mesmos instrumentos do bem e da beleza. Digamos: um milímetro de mal ocupa mais espaço que cem metros de bondade cristã. O mal atrai a energia do espectador. Montado em animal rápido vem o mal; em mula velha e cansada chega o bem, com o seu discurso longo.
Escolhidos como favoritos, o instinto e a mistura. O que vemos parece ter ingerido uma doença, uma certa fraqueza espalha-se pelas esculturas e, portanto: não há aborrecimento; ver aquilo que é fraco sempre distraiu os povos e o indivíduo tonto.