Dos 550 hectares identificados pelos pastores no distrito de Vila Real, nos concelhos de Montalegre e Vila Pouca de Aguiar já foram queimados cerca de 60 hectares no âmbito de um processo de prevenção de fogos gerido pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
A AGIF está a apoiar a queima de áreas de matos identificadas pelos pastores nos distritos de Vila Real, Viseu e Guarda. Viseu foi distrito escolhido como piloto para desenvolver o processo de acompanhamento e apoio aos pastores. O processo teve início outubro de 2019 e é direcionado para áreas com necessidade de renovação de pastagens e melhoria dos habitats.
Em Castro Daire, no distrito de Viseu, já foram realizadas 6 ações para renovação, aproximadamente de 140 hectares a de pastagens, em áreas identificadas pelos pastores. Estas ações foram realizadas por equipas dos Bombeiros de Castro Daire, Brigada de Sapadores Florestais da Comunidade Intermunicipal de Viseu e Dão Lafões, com apoio da Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva e Força Especial de Proteção Civil (FEPC), Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS), suporte logístico do Município de Castro Daire.
O objetivo da iniciativa é a redução de áreas ardidas de forma desregulada durante o verão, evitando assim que se transformem em incêndios severos, em áreas onde existe uma forte relação entre o uso tradicional do fogo e a atividade de silvopastorícia.
Equipa de projeto tem representação distrital, regional e municipal
A equipa de projeto é constituída por entidades parceiras com representação distrital, regional e municipal, como o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Direção Regional de Agricultura Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Guarda Nacional Republicana (GNR), as Comunidades Intermunicipais (CIM), as Organizações de Produtores Florestais, Corpos de Bombeiros e Autarquias, as quais procederam à definição de territórios prioritários nos diversos concelhos, procurando dar resposta aos problemas que foram identificados pelas comunidades locais.
Estas ações são realizadas por equipas operacionais compostas por elementos dos Sapadores Florestais, dos Corpos de Bombeiros, da Força Especial de Proteção Civil (FEPC) e do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS), com apoio das Associações de Produtores Florestais e Municípios locais. Com esta iniciativa, a AGIF demostra no terreno processos cooperativos e colaborativos entre as entidades que fazem parte do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, numa ação focada nas causas dos problemas pela via da conciliação de interesses e operacionalização da prevenção, e garantir a diminuição do risco de incêndio.