A InovaDomus – Associação para o Desenvolvimento da Casa do Futuro – pretende contribuir para a “casa do futuro” através da ligação entre a investigação e a indústria. A associação que envolve a Universidade de Aveiro (UA) e mais 9 empresas apresentou o projeto “Construção Para a Saúde”.
António Oliveira, Presidente da InovaDomus, referiu: “Este projeto tem como objetivo central potenciar, dinamizar e prestar informação ao mercado de como construir casas mais saudáveis”.
O responsável da InovaDomus esclareceu que o setor de casas mais saudáveis “vai dinamizar a economia nos próximos anos”, sendo a saúde a indústria do futuro. Assim, “o setor da construção deve adaptar-se, para assegurar que temos casas mais saudáveis, mais amigas de todos”. Casas com caraterísticas saudáveis “que não só dos doentes ou envelhecidos” mas para todos os que não estando doentes, possam beneficiam ao viver “num ambiente mais saudável”.
O Governo tem vindo a dar sinais que pretende que o Estado promova a hospitalização domiciliária, pelo que “compete assim aos diversos ‘players’ criar as condições para que isso possa acontecer em segurança”, e especificamente, ao sector da construção, compete-lhe perceber as condições, os produtos e as soluções que podem e devem ser incorporados nas habitações” referiu António Oliveira.
Para o especialista “a ligação da construção e a saúde, é ainda um tópico a explorar, a nível nacional e europeu.”
No projeto “Construção Para a Saúde”, a Universidade de Aveiro participa com uma equipa multidisciplinar, envolvendo o Departamento de Engenharia Civil, Instituto Superior de Contabilidade e Administração com o NeuroScience Lab, Departamento de Ciências Biomédicas e a Escola Superior de Saúde.
Os investigadores da UA vão procurar integrar o conhecimento, vindo de certificações e normas da saúde e da engenharia, com o foco no desenvolvimento de casas mais saudáveis, e acrescentar valor ao mercado da construção, através do levantamento de informação certificada a aplicar.
A UA é responsável ainda pelas ações de ‘benchmarking’ internacional e nacional dos estudos e normas, levantamento, tratamento e produção de informação relevante à regulamentação, apoio científico no tratamento de informação nos eventos e versão preliminar de certificação, e proposta da versão final de contributos recolhidos.
Para Ana Velosa, Pró-reitora da UA, o projeto decorre da “necessidade de desenvolver estratégias para garantir o bem-estar das pessoas no tempo em que desfrutam dos espaços interiores – trabalho, lazer ou outra atividade -, contribuindo para a sua produtividade e satisfação”, sendo que 90% do tempo das pessoas é passado no interior dos edifícios.
Eduardo Leite, Administrador da CARI Construtores, do grupo DST, que está envolvida no projeto, “considerou que a construção para a saúde lança novos desafios e oportunidades, ao nível da modelação da habitação, em função das características físicas e psicológicas associadas ao envelhecimento geracional, pelo que “quem se antecipar ganhará uma clara vantagem competitiva.”