Sara Cortez, Investigadora do Centro de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos (CMEMS), da Universidade do Minho, foi distinguida com o prémio ‘Jovem Investigador Prof. João Martins’, pelo trabalho de desenvolver cartilagens artificiais com aplicação em doentes com artrose.
A investigadora de 28 anos e natural de Famalicão tem vindo a desenvolver modelos avançados que preveem as propriedades biomecânicas de cartilagens artificiais produzidas através da engenharia de tecidos.
O trabalho de Sara Cortez insere-se na investigação ‘Modelo computacional para análise do desenvolvimento de construções de cartilagens em biorreator’, que envolve diversas instituições nacionais e internacionais, incluindo a Universidade Tecnológica de Eindhoven, na Holanda, indica comunicado da UMinho.
Para a jovem investigadora “os resultados obtidos são promissores na medida em que permitem obter estruturas biológicas implantáveis com propriedades semelhantes às do tecido original, o que aumenta o sucesso da regeneração das articulações e a recuperação do movimento natural do doente com artrose”.
A artrose é uma patologia degenerativa que atinge “mais de 30% da população mundial acima dos 50 anos”, e uma “das principais causas de incapacidade em todo o mundo”.
Os modelos criados por Sara Cortez apresentam a caraterística de “conseguirem de forma rápida, eficaz e económica antecipar os fenómenos de rejeição que ocorrem durante o processo de produção e implantação da cartilagem artificial.”
O prémio ‘Jovem Investigador Prof. João Martins’ foi entregue a Sara Cortez no 7.º Congresso Nacional de Biomecânica, que decorreu de 10 a 11 de fevereiro, em Guimarães. O prémio é atribuído de dois em dois anos com o objetivo de premiar a excelência dos jovens investigadores.
Sara Cortez referiu, citada em comunicado, que o prémio “representa o reconhecimento da qualidade da pesquisa realizada na UMinho e uma enorme recompensa pelo esforço e pela dedicação de toda a equipa de trabalho”.