A Fundação Rui Osório de Castro (FROC) apresentou em 2010 a missão de apoio e proteção das crianças com cancro e dos seus familiares, concentrando a sua atividade em duas grandes áreas: informar e promover a investigação.
Passados dez anos depois, a FROC mantém a sua missão e Cristina Potier, diretora-geral da Fundação, acredita que no caso das crianças com cancro “chegar a uma taxa de sobrevivência de 100% não é uma utopia. A evolução da medicina e da ciência, já nos trouxeram em poucas décadas os 80% de sobrevivência”.
Com um registo de 80% de sobrevivência, o cancro continua a ser a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes. Cristina Potier considera que ao representar apenas 1% de todos os cancros faz com não seja “uma prioridade, o que justifica que não se veja uma estratégia e por sua vez investigação nesta área”.
A responsável pela FROC considera que para melhorar os resultados é preciso apostar na investigação e dar oportunidade a que mais crianças participem em ensaios clínicos. E a Fundação quer contribuir para estes resultados.
Para a FROC a realidade não é verdadeiramente conhecida, já que a última informação estatística nacional se refere a 2005. Assim, como podemos ter a pretensão de melhorar uma realidade que de facto não conhecemos? É urgente que o registo nacional em oncologia pediátrica seja feito”, alertou Cristina Potier.
A Fundação promete continuar a trabalhar, nomeadamente:
■ criar conteúdos para o Portal PIPOP, um meio online de referência com notícias e informações na área da oncologia pediátrica;
■editar publicações;
■organizar o Seminário de Oncologia Pediátrica, um evento de referência para familiares, sobreviventes e profissionais de saúde, que continuará a percorrer o País anualmente, e que já vai para a sua 5ª edição;
■realizar workshops com uma duração máxima de meio dia direcionados para as famílias, doentes e sobreviventes, promovendo assim uma maior proximidade e adequação da informação.