O cancro da próstata atinge anualmente em Portugal entre 3.500 a 4.000 portugueses, e 1.800 morrem devido à doença. Um número que representa cerca de 3,5% de todas as mortes e mais de 10% das mortes por cancro.
“O cancro da próstata é a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão, e é o cancro mais frequente nos homens acima dos 50 anos”, indica Rui Borges, urologista do Hospital Lusíadas Porto, citado em comunicado da Lusíadas Saúde.
Rui Borges refere que “a vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial”. Apesar das causas do cancro da próstata não serem conhecidas, sabe-se que o fator hereditariedade, a idade e a raça negra têm um grande peso.
“A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata”, devendo neste caso começar por volta dos 45 anos, e no caso das pessoas com fatores de risco conhecidos a vigilância deve ser antecipada para os 40 anos de idade. “A vigilância consiste no exame do toque rectal e no doseamento do PSA (o antigénio específico da próstata), no sangue”, esclarece o urologista.
Em relação ao tratamento, Rui Borges explica que “existem diferentes opções terapêuticas”, no entanto, “a prostatectomia radical é o tratamento mais eficaz para o cancro da próstata localizado”. A cirurgia era efetuada por via aberta, mas “com o desenvolvimento tecnológico, atualmente pode ser executada por via laparoscópica e, mais recentemente, por via robótica, podendo diminuir assim as consequências associadas, nomeadamente a incontinência urinária e a disfunção eréctil”.
A importância da vigilância é fundamental dado que, “quando o cancro da próstata é detetado precocemente a possibilidade de cura ronda os 85%”, conclui o especialista Rui Borges.
O cancro da próstata é um dos temas em debate no 3º Congresso Lusíadas Saúde que decorre no dia 5 de novembro de 2016, no Centro de Congressos de Lisboa. Um debate que se realiza no mês dedicado à prevenção do cancro da próstata.