Faça bolas de sabão pelo linfoma. Este é o desafio que a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) lança à população portuguesa, no âmbito do Dia Mundial do Linfoma, que se assinala a 15 de setembro. O objetivo é sensibilizar as pessoas para este tumor do sistema linfático, o 7º tipo de cancro mais frequente no país.
Toy, Madalena Abecasis e Joana Cruz, juntamente com outras figuras públicas, já se associaram a esta iniciativa e gravaram um filme onde explicam a dinâmica deste movimento e desafiam todas as pessoas a fazer bolas de sabão pelo linfoma, e partilhar esses momentos nas redes sociais, com a referência #bolasdesabaopelolinfoma.
O conceito das bolas de sabão, que é a base desta iniciativa desenvolvida em parceria com a Roche, pretende fazer a associação simbólica a um dos sintomas mais prevalentes nesta doença, o crescimento dos gânglios linfáticos em forma de bola, uma das principais manifestações do linfoma.
“Ao soprarmos bolas de sabão e ao partilharmos a informação associada aos linfomas, estamos a contribuir para aumentar o conhecimento sobre esta doença, que é essencial para melhorar os cuidados às pessoas afetadas. E estamos também a apoiar aqueles que são impactados pelo linfoma”, afirmou Maria Gomes da Silva, professora de Hematologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA) e Diretora do Serviço de Hematologia Clínica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
“É importante saber que o aumento dos gânglios no pescoço, na região supra-clavicular, axilas ou virilhas, é um dos principais sinais desta doença”, acrescentou a especialista.
Com cerca de 2.300 novos casos por ano, tal como mostram os dados de 2020 do Global Cancer Observatory (Observatório Global do Cancro), da Organização Mundial de Saúde, o linfoma não Hodgkin, o tipo mais frequente de linfoma – um tumor maligno em que as células tumorais são os linfócitos, glóbulos brancos que têm como função a defesa contra infeções.
“A literacia contribui de forma importante para os resultados em saúde, sendo que uma baixa literacia se associa a um menos favorável estado de saúde”, confirmou Manuel Abecasis, Presidente da APCL. “É, por isso, que iniciativas como estas são tão importantes, uma vez que ajudam a aumentar a literacia e, com ela, a melhorar os resultados de saúde.”