A Boeing reagiu hoje ao relatório de investigação preliminar do voo 302 da Ethiopian Airlines pelo realizado pelo Ethiopian Accident Investigation Bureau (AIB).
O presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, Kevin McAllister, começou por apresentar mais uma vez as “mais profundas condolências às famílias e entes queridos daqueles que perderam suas vidas no acidente”,
Kevin McAllister acrescentou: “Agradecemos ao Departamento de Investigação de Acidentes da Etiópia pelo seu trabalho árduo e contínuos esforços. Entender as circunstâncias que contribuíram para este acidente é fundamental para garantir um voo seguro. Analisaremos cuidadosamente o relatório preliminar da AIB e tomaremos todas as medidas necessárias para melhorar a segurança das nossas aeronaves.”
A segurança é um valor fundamental para todos na Boeing e para a segurança de nossos aviões, os passageiros e as equipas dos nossos clientes são sempre a nossa principal prioridade. Os especialistas técnicos da Boeing continuam a ajudar nesta investigação e as equipas de toda a empresa estão a trabalhar para lidar com as lições do acidente da Lion Air Flight 610, de outubro.
O relatório preliminar contém informações do registo de dados de voo que indicam que o avião tinha uma entrada do sensor de ângulo de ataque errada que ativou a função MCAS (Sistema de Melhoramento das Características de Manobra) durante o voo, como ocorreu durante o voo Lion Air 610.
Para garantir que a ativação não intencional do MCAS não ocorra novamente, a Boeing desenvolveu e planeia lançar uma atualização de software para o MCAS e um programa abrangente de treino de pilotos e de treino complementar para o 737 MAX.
A Boeing indica que a atualização do software adiciona novas camadas de proteção que impedem que dados errados causem a ativação do MCAS. As tripulações de voo vão ter sempre a capacidade de ignorar o MCAS e controlar manualmente o avião.
A companhia reforça que “continua a trabalhar com a Administração Federal de Aviação dos EUA e com outras agências reguladoras em todo o mundo no desenvolvimento e certificação da atualização do software e programa de treino.”
A Boeing indica ainda que vai continuar a trabalhar em estreita colaboração com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) como consultores técnicos em apoio à investigação da AIB”, mas que está impedida, por protocolo internacional e regulamentos da NTSB, “de divulgar qualquer informação relacionada à investigação”.