A Boeing prevê que as companhias aéreas do Sudeste da Ásia venham a precisar de 4.500 novos aviões nos próximos 20 anos, avaliados em 710 mil milhões de dólares a preços de tabela. Os aviões de corredor único continuam a ser o recurso com maior fator de crescimento em capacidade no Sudeste Asiático. Um crescimento que vai ajudar a estimular a procura por serviços de aviação comercial, em que é estimada uma previsão de 785 mil milhões de 2019 a 2038.
“Três países do sudeste da Ásia – Vietname, Tailândia e Indonésia – figuraram na lista dos 10 principais países que as de companhias aéreas mais cresceram em capacidade de assentos desde 2010. O Vietname registou o maior crescimento dos três, com quase 15% ao ano, seguido pela Tailândia e Indonésia em aproximadamente 10%, respetivamente”, referiu Randy Tinseth, vice-presidente de Marketing Comercial da Boeing, citado em comunicado da empresa.
“Com uma classe média em expansão, num mercado que continua a se liberalizar, juntamente com um forte setor de turismo doméstico, regional e internacional, o Sudeste Asiático tornou-se um dos maiores mercados de aviação do mundo”, acrescentou Randy Tinseth.
A Boeing considera que embora os aviões de corredor único dominem a previsão, a região também vai exigir uma quantidade significativa de aviões de grande porte, em termos de valor e número de unidades. A procura vai ser impulsionada pelas companhias aéreas que se vão adaptando a um ambiente de negócios em evolução e às novas oportunidades de expansão de longo curso.
Para a Boeing os aviões de grande porte irão representar 19% das novas entregas de aviões, para que as transportadoras da região respondam a novas procuras internacionais de cidades a grandes distâncias.
O crescimento da aviação no Sudeste da Ásia deve levar à necessidade de 182.000 pilotos comerciais, tripulação de cabine e técnicos de aviação para voar e manter a frota de aviões. Esta necessidade é projetada com base numa combinação de novas entregas de aeronaves, taxas anuais de utilização de aeronaves, requisitos de tripulação por região e requisitos regulatórios.
No setor de carga aérea, após quedas em 2019, projeta-se que os volumes globais de carga se recuperem em 2020 devido em grande parte à sólida produção industrial e ao comércio mundial. A longo prazo, projeta-se que a carga aérea cresça 4,2% durante nos próximos 20 anos. Os cargueiros vão continuar a ser a espinha dorsal do setor de cargas, com a necessidade, nas duas décadas, de mais 1040 novos cargueiros e a conversão de 1780.
Em todo o mundo, a Boeing estima a necessidade de 44.040 novos aviões comerciais no valor de 6,8 biliões de dólares e a procura por serviços de pós-venda no valor de 9,1 biliões de dólares, nos próximos 20 anos.