A farmacêutica Bluepharma ampliou o seu Centro de Investigação e Desenvolvimento, no dia 17 de março, em Coimbra, e na inauguração esteve presente Adalberto Campos Fernandes, Ministro da Saúde, e Manuel Caldeira Cabral, Ministro da Economia. A ampliação e reconversão do Centro de Investigação e Desenvolvimento resultou “num moderno laboratório de desenvolvimento de medicamentos oncológicos”.
A ampliação do Centro envolveu “o investimento de 2 milhões de euros” e “permitiu a contratação de mais de 50 novos colaboradores, nomeadamente licenciados e doutorados, sobretudo para a área de Investigação e Desenvolvimento (I&D)”, referiu Paulo Barradas Rebelo, presidente da Bluepharma.
Para o Ministro da Saúde “os genéricos são medicamentos seguros e de qualidade que fazem duas coisas: contribuem para a sustentabilidade estratégica do Sistema de Saúde mas fazem, sobretudo, com que as famílias possam ser tratadas em condições de segurança e qualidade, aumentando o seu vencimento disponível”, uma área de desenvolvimento onde atua a Bluepharma.
“Ao longo dos últimos três anos, a Bluepharma investiu mais de 15 milhões de euros em I&D, indicou presidente da farmacêutica, e acrescentou que “a aposta contínua em I&D é fundamental para a nossa estratégia de crescimento sustentada na exportação de medicamentos para os mercados mais exigentes do mundo – como os EUA e a maior parte dos países europeus”.
“A Bluepharma é um bom exemplo de empresa que conseguiu transformar o que era uma multinacional presente em Portugal numa multinacional portuguesa presente em todo o mundo”, referiu o Ministro da Economia, e acrescentou que “a economia portuguesa, em 2016, exportou 1400 milhões de euros de produtos de saúde e há 8 anos atrás, exportava 600 milhões”.
Para o Ministro da Economia “é um crescimento notável que foi feito pelas empresas deste setor, é um crescimento para o qual a Bluepharma contribuiu com a sua inovação, o seu dinamismo, com os seus 85% de exportações e com a sua presença em todos os mercados”.
“A Bluepharma tem investido, anualmente, 20% do volume de negócios em investigação e desenvolvimento, indicou o presidente da Bluepharma, referindo que a empresa tem concentrado os “esforços de investigação em nanotecnologia, oncologia e biotecnologia”, que são áreas em que a empresa tem “desenvolvido vários projetos de parceria com empresas e centros de referência nacionais e internacionais na área de I&D”.
Paulo Barradas Rebelo esclareceu que a Bluepharma tem “realizado diversas atividades de desenvolvimento de formulações farmacêuticas, de métodos analíticos e de processos de fabrico, assim como estudos de estabilidade e transposição de escala com o objetivo de criar novos medicamentos genéricos para áreas terapêuticas muito desafiantes, nomeadamente a oncologia”.
O Grupo Bluepharma é hoje considerado um dos grupos farmacêuticos “mais empreendedores e inovadores, tendo já conquistado um assinalável prestígio não só em termos nacionais, mas também nos mais exigentes mercados internacionais.”
Ao longo dos seus 16 anos, a Bluepharma transformou uma unidade industrial que empregava 58 pessoas e que operava para o mercado nacional, num grupo económico de 20 empresas e que emprega cerca de 450 colaboradores. Abriu sucursais em 7 países: Espanha, Angola, Moçambique, Colômbia, Chile, Brasil e EUA e exportou, em 2016, 85% da sua produção para mais de 40 países.