As respostas das células T de memória do sistema imunológico contra a “gripe comum” aumentam as respostas imunológicas ao coronavírus SARS-CoV-2 após uma infeção pelo vírus e após toma da vacina contra a COVID-19 da Pfizer-BioNTech, indica recente estudo de investigação.
O estudo concluiu que a presença as células T reativas ao SARS-CoV-2 preexistentes é baixa em indivíduos mais velhos, dados que possam explicar, em parte, a maior gravidade da infeção por SARS-CoV-2 em idosos. Há evidências crescentes de que a memória do sistema imunológico após a infeção com coronavírus humanos sazonais (HCoVs) contribui para a proteção cruzada contra novo coronavírus SARS-CoV-2.
Os cientistas ainda estão a tentar entender a extensão e o impacto dessa imunidade cruzada, incluindo a forma como ela pode influenciar a eficácia dos regimes de vacinas.
A investigadora Lucie Loyal e outros colegas investigaram as respostas das células T CD4 + aos antígenos para o SARS-CoV-2 em pessoas que não foram expostas ao coronavírus, bem como em pessoas que recuperaram da infeção COVID-19 e pessoas vacinadas com a vacina contra a COVID-19 da Pfizer-BioNTech.
Os investigadores identificaram um peptídeo (S816-830) na proteína “Spike” do SARS-CoV-2 que as células T CD4 + em todos os grupos – mesmo aqueles não expostos ao SARS-CoV-2 – reconheceram. O peptídeo foi reconhecida pelas células T CD4 + em 20% dos indivíduos não expostos, em mais de 50% dos convalescentes com SARS-CoV-2 e em 97% dos indivíduos tratados com a vacina contra a COVID-19 da Pfizer-BioNTech.
Os resultados mostram como as células T com reatividade cruzada aumentam as respostas imunes ao SARS-CoV-2 após a infeção e vacinação, indicam os autores. Notavelmente, essas células T reativas ao coronavírus diminuíram com a idade nos indivíduos estudados, descobriram os investigadores.
As descobertas estão a aumentar a discussão em torno da vacinação de dose única de adultos saudáveis e da vacinação de dose múltipla para idosos, referem os investigadores. Aumentar a resposta imunológica ao peptídeo deve ser um dos focos de futuros estudos futuros, concluem os investigadores.