As amostras de sangue são normalmente colhidas por profissionais de saúde, como médicos (as) ou enfermeiros (as), em unidades de saúde, que as enviam para um laboratório. No entanto, uma deslocação a uma unidade de saúde apenas para colheita de sangue em muitos casos não é conveniente, especialmente no caso de idosos e dos que vivem muito afastadas de uma unidade de saúde, além das situações como durante a pandemia de COVID-19.
Agora um projeto com financiamento do Fundo Social Europeu e que também envolve o apoio do Departamento de Reumatologia e Imunologia da Escola Médica de Hannover e do Departamento de Medicina de Família do Centro Médico Universitário de Göttingen pretende determinar se as pessoas podem colher, elas próprias, pequenas quantidades de sangue.
No projeto ‘Blood-it-yourself’, os pacientes recebem um dispositivo para recolha de sangue a ser usado na parte superior do braço e após a recolha enviam as amostras para o laboratório.
A abordagem em estudo no projeto apresenta várias vantagens, como os pacientes não necessitarem de se deslocar a uma unidade de saúde, o que poderá não só acarretar dificuldades como é muitas vezes demorado. O projeto tem vindo a mostrar que a auto recolha é indolor e reduz a ansiedade associada aos exames de sangue.
“Queremos provar que muitas pessoas podem tirar sangue em casa, reduzindo custos e tempo de viagem”, disse Müller do Centro Médico da Universidade de Göttingen, citado pela Comissão Europeia. “Apenas algumas gotas de sangue são suficientes para a análise necessária, que é crucial para monitorar condições de saúde como as inflamatórias crónicas ou reumáticas. A introdução da auto colheita de sangue também pode economizar um tempo valioso para a equipa da unidade de saúde.”
O estudo faz parte de um projeto mais amplo sobre colheita remota de sangue em áreas rurais. O objetivo é desenvolver, testar e introduzir sistemas amigáveis ao paciente para auto colheita de sangue, prometendo economias significativas para pacientes, médicos e sistemas de assistência médica.
A Comissão Europeia e todos os envolvidos no estudo consideram que ao tornar a auto colheita de sangue uma opção viável, o projeto pode revolucionar a maneira como os exames de sangue são realizados, tornando os cuidados de saúde mais acessíveis e eficientes para todos.