O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu em Belém o Presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, que está em visita de Estado a Portugal durante dois dias. No discurso de boas vindas, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou a amizade que une os dois países.
“Portugal e Áustria são países muito amigos e próximos que sempre partilharam afinidades que vão para além da pertença ao espaço físico europeu comum, uma relação que tem raízes históricas profundas e que tem e teve ao longo dos séculos uma dimensão humana muito forte”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente continuou referindo: “Na Europa da cultura e das culturas que queremos construir, a preservação das memórias comuns e o conhecimento mútuo dos povos é fundamental”, e lembrou as “cerca de cinco mil crianças austríacas” que foram acolhidas em Portugal “por famílias portuguesas no final da Segunda Guerra Mundial numa demonstração de solidariedade profundamente humana vencendo distâncias geográficas e linguísticas”.
Sobre a União Europeia a que ambos os países pertencem, Marcelo Rebelo de Sousa, referiu: “Convergimos no objetivo de manter o apoio e o entusiasmo dos nossos cidadãos para com o projeto europeu, combater o extremismo, o radicalismo e o chamado populismo, e avançar com projetos que aumentem a força da nossa união no contexto mundial”.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que “além do plano bilateral, Portugal e a Áustria são também próximos no quadro multilateral, defensores acérrimos das Nações Unidas, promotores convictos dos Direitos Humanos e da dignidade da pessoa humana. Uma postura que se tem refletido na forma como atuamos em prole dos mesmos objetivos no quadro da ONU e das suas Agências, muitas das quais com a sua sede em Viena, que acabam de celebrar o seu quadragésimo aniversário”.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que Portugal apoia as iniciativas do Presidente da Áustria “no domínio das alterações climáticas, da chamada de atenção para os problemas do ambiente, para os seus efeitos entre gerações, naquilo que tem sido a destruição consecutiva do planeta”.