Perin Gurel, da Universidade de Notre Dame, especialista em islão e América, cultura e política externa, e autora do livro “America’s Wife, America’s Concubine: Turkey, Iran, and the Bounds of Middle Eastern Solidarity”, referiu em comunicado da Universidade de Notre Dame que a Autorização de Uso da Força Militar, que supostamente justifica o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, foi aprovada após o 11 de setembro com a perceção de que os ataques de redes terroristas necessitavam de uma política de defesa diferente da dicotomia de diplomacia / guerra entre Estados.
Para a especialista da Universidade de Notre Dame vê-se neste assassinato que o novo conceito é “usado para atacar um líder de um Estado-Nação”.
Esta mudança foi justificada por uma série de declarações associando o Irão ao terrorismo e alegando que ele não age como “um estado normal”, sem qualquer definição do que essa categoria implica. Ironicamente, Qassem Soleimani desempenhou um grande papel na supervisão da política externa regional do Irão, reportando diretamente ao Aiatolá Ali Khamenei, e longe da supervisão dos eleitores.
O assassinato apressado do general Qassem Soleimani por ordem do Presidente Donald Trump, sem conhecimento ou supervisão do Congresso, “confirma que, assim como o povo do Irão, o povo dos Estados Unidos perdeu o controlo democrático da política externa do seu país”.