O Advanced Search and Rescue Exercise – ASAREX18, organizado pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC Delgada) e pelo Centro de Coordenação de Resgate das Lages (RCC Lages), decorre na ilha de São Miguel, Açores, de 17 a 21 de setembro.
No exercício participam equipas e meios de busca e salvamento da Marinha, da Força Aérea, da Autoridade Marítima Nacional (AMN), de outras entidades nacionais e do Canadá e dos Estados Unidos da América.
O ASAREX18 é um exercício especialmente dedicado para a busca e salvamento com uma periodicidade anual, e tem como “principal objetivo exercitar as operações conjuntas e combinadas, no âmbito da busca e salvamento marítimo, de forma a assegurar as qualificações dos elementos envolvidos e elevar os níveis de proficiência operacionais.”
A participação de outras entidades nacionais e internacionais permite “aprofundar o conhecimento mútuo sobre diferentes metodologias e procedimentos de operação, melhorar a interoperabilidade e a cooperação entre as várias entidades envolvidas.”
O exercício é um contributo importante para garantir “a qualificação dos militares empenhados nas ações de busca e salvamento marítimo, através do treino cooperativo entre a Marinha, a Força Aérea, a Autoridade Marítima Nacional, os meios da Proteção Civil e parceiros internacionais dos países convidados.”
Para além dos exercícios práticos o ASAREX18 inclui um ciclo de conferências, e uma demonstração de capacidades no dia 20 de setembro, entre as 09h30 e as 14h00, no miradouro do Forno da Cal e no cais das Portas do Mar, em Ponta Delgada.
A Marinha indicou que a população tem “a oportunidade de assistir ao lançamento de equipas de salvamento de paraquedistas, através das aeronaves C130, resgate por via aérea através do helicóptero EH101 da Força Aérea Portuguesa e recuperação de náufragos pela corveta António Enes da Marinha Portuguesa.”
A título informativo, em 2017 o MRCC Delgada coordenou 185 ações de busca e salvamento marítimo, resultando 117 vidas assistidas e salvas. Até ao final de agosto de 2018 já foram coordenados 159 casos e assistidas 122 vidas.
A Marinha lembrou que em 2017 o Centro de Coordenação de Resgate das Lages “realizou 129 missões das quais resultaram 39 vidas salvas, empenhou aeronaves no total de 389 horas de voo e iniciou, controlou, conduziu e coordenou durante 870 horas 44 minutos as missões e os meios SAR (de busca e salvamento marítimo) no dispositivo Nacional na FIR de Santa Maria.
Em 2018 o Centro de Coordenação de Resgate das Lages já realizou 96 missões, das quais resultaram 19 vidas salvas, empenhou aeronaves no total de 301horas e 57 minutos de voo e iniciou, controlou, conduziu e coordenou durante 870 horas e 7 minutos as missões e os meios SAR no dispositivo Nacional na FIR de Santa Maria.
O exercício conta também com o apoio do serviço Copernicus Maritime Surveillance (CMS) e da Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA). A Marinha lembrou que o serviço CMS presta apoio as operações marítimas dos seus utilizadores através da entrega, em tempo “quase real”, de produtos derivados de imagens satélite. Estes produtos de observação da Terra permitem obter um panorama de superfície mais esclarecido, apoiando as tomadas de decisão do coordenador da ação em operações de busca e salvamento.”