A ANA – Aeroportos de Portugal, concessionária de 10 aeroportos em Portugal, filial da 100% da VINCI Airports, assinou, hoje, 8 de janeiro, com o Governo, um acordo para a extensão da capacidade aeroportuária na Região de Lisboa, evolvendo um investimento total de 1,15 mil milhões de euros até 2028.
O acordo foi assinado na Base Aérea Militar do Montijo, onde esteve presente o Primeiro-ministro, António Costa, o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques e o presidente e CEO da VINCI, Xavier Huillard. O acordo abrange “aspetos técnicos, operacionais e financeiros do projeto e evolução da futura regulamentação económica.”
Este instrumento vai permitir à ANA Aeroportos dar início ao projeto de expansão do Aeroporto Humberto Delgado, e vai fazer parte do contrato de concessão do novo Aeroporto no Montijo que “deverá ser assinado em 2019, depois de obtidas as autorizações ambientais.”
A ANA vai investir 1,15 mil milhões de euros até 2028. Este investimento inclui 650 milhões de euros para a primeira fase da extensão do aeroporto de Lisboa (Humberto Delgado), e 500 milhões de euros na construção do novo aeroporto civil no Montijo. Também 156 milhões de euros serão investidos para compensar a Força Aérea e melhorar acessos ao Aeroporto Humberto Delgado e ao futuro aeroporto no Montijo.
De acordo com o estabelecido pelo Governo as obras aeroportuárias de Lisboa vão ser totalmente financiadas pelo sector privado. No entanto, mantendo o Aeroporto a competitividade deve verificar-se “uma evolução moderada das taxas aeroportuárias.”
O projeto compreende “um novo sistema dual de infraestruturas aeroportuárias para servir a região de Lisboa, reforçando a função de hub do Aeroporto Humberto Delgado através de posições de contacto adicionais e tempos de ligação reduzidos, e um aeroporto ponto-a-ponto no Montijo, flexível, rentável, sustentável, localizado perto do centro da cidade (25 km) e com um terminal de nova geração. Ambos os aeroportos proporcionarão uma experiência de passageiro moderna e melhorada.”
Com as obras a realizar passa a existir “uma capacidade de 48 movimentos por hora na Portela e 24 movimentos por hora no Montijo”. O sistema dual de aeroportos “poderá absorver o crescimento expectável do tráfego até ao final da concessão, que se mantém em 2062.”
“Este projeto e este investimento que anunciamos hoje confirmam os dois principais compromissos que assumimos há 6 anos, quando nos candidatámos pela primeira vez à privatização da ANA: contribuir para o desenvolvimento da economia portuguesa através do aumento do tráfego e investir em infraestruturas para apoiar o crescimento futuro”, referiu Nicolas Notebaert, CEO da VINCI Concessions e Presidente da VINCI Airports.
Nicolas Notebaert concluiu: “O tráfego em Lisboa já aumentou quase 100% nos últimos 6 anos e aqui estamos novamente, anunciando novos investimentos depois dos 200 milhões de euros que já investimos nos diferentes aeroportos portugueses”.