A situação da cibersegurança em Portugal e Espanha é alarmante, descreve o mais recente relatório Cyber Trends Península Ibérica 2024, da Check Point Software Technologies.
Entre abril e setembro de 2024 a média de ciberataques semanais por organização na região foi de 1.730, com uma predominância de malware avançado, ransomware e ataques a redes corporativas.
O relatório descreve que dentro da Península Ibérica, Portugal foi o país mais afetado, com 85% dos ficheiros maliciosos a serem entregues por correio eletrónico. O malware predominante na região inclui o AgentTesla, que lidera a lista de ameaças, ao lado de botnets e infostealers.
Setores mais vulneráveis
Entre os setores mais atacados está a Educação/Investigação, Saúde e Administração Pública/Defesa, com um aumento notável dos ataques no setor da saúde em Portugal. A natureza destes ciberataques tem-se tornado cada vez mais sofisticada, aproveitando vulnerabilidades em redes e dispositivos móveis.
Impacto do ransomware e do hacktivismo
O ransomware é uma das ameaças em ascensão, com 3,5% das organizações na Península Ibérica a serem afetadas semanalmente. O relatório também realça o aumento do hacktivismo, com motivações políticas e ideológicas, intensificando-se na região e ameaçando empresas e instituições públicas.
As empresas especializadas em cibersegurança mantêm-se numa constante batalha contra a evolução permanente dos ciberataques, e como descreve Rui Duro, Country Manager da Check Point Software em Portugal, “a complexidade e intensidade dos ataques na Península Ibérica exigem soluções integradas”. Uma das soluções, indica Rui Duro, é a Plataforma Infinity que “foi desenvolvida para oferecer uma proteção robusta, desde data centers até dispositivos móveis, garantindo que empresas e governos podem operar com segurança num ambiente digital em constante mudança.”
Inteligência artificial
A inteligência artificial generativa tem vindo a ser crescentemente usada nos ciberataques como a defesa. O relatório mostra que se verificou um aumento de 38% no uso de inteligência artificial para criar malware e táticas de engenharia social, Um fenómeno representa um grande desafio para empresas e para os governos.