Responsáveis das Agências das Nações Unidas e de outros parceiros humanitários manifestam, numa declaração conjunta, estarem “extremamente preocupados com o alegado encaminhamento para “processo criminal” pelas autoridades de facto Houthi de um número significativo de colegas detidos arbitrariamente, incluindo três funcionários das Nações Unidas – dois da UNESCO e um do Gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que foram detidos em 2021 e 2023.
Na declaração os responsáveis das Agências referem que “numa altura em que esperávamos a libertação dos nossos colegas, estamos profundamente angustiados com este acontecimento relatado. A potencial apresentação de “acusações” contra os nossos colegas é inaceitável e agrava ainda mais a longa detenção em regime de incomunicabilidade que já sofreram”.
E referem que “tal decisão levanta ainda mais sérias preocupações sobre a segurança do nosso pessoal e das suas famílias, e impedirá ainda mais a nossa capacidade de chegar a milhões de iemenitas que necessitam de ajuda e proteção humanitária, com consequências prejudiciais para o seu bem-estar e estatuto.”
“Nós, os Diretores das entidades afetadas das Nações Unidas e das Organizações Não-Governamentais Internacionais (ONGI), renovamos o nosso apelo urgente à libertação imediata e incondicional de todo o pessoal das entidades da ONU, das organizações não governamentais internacionais e nacionais, das organizações da sociedade civil, e missões diplomáticas detidas arbitrariamente no Iémen pelas autoridades de facto”, diz a declaração.
Também é feito o apelo a que “os ataques a humanitários no Iémen – incluindo detenções arbitrárias, intimidação, maus-tratos e falsas alegações – devem parar e todos os detidos devem ser libertados imediatamente.”
As Nações Unidas, as ONGI e os parceiros indicam estarem “a trabalhar através de todos os canais possíveis e com vários governos para garantir a libertação imediata dos detidos.”