A agência de classificação Standard & Poor’s (S&P) manteve o rating da República, na avaliação divulgada ontem, dia 16 de março, com perspetiva estável. Esta foi a primeira avaliação desde a subida de notação da dívida portuguesa para o grau de investimento (BBB-/A-3), em setembro de 2017.
Na avaliação à economia portuguesa, a Agência S&P, destaca as perspetivas de crescimento económico, o crescimento robusto das exportações, a queda dos défices orçamentais, a manutenção do processo de consolidação orçamental e a continuação da redução da dívida pública.
A Agência chama a atenção para os altos níveis de dívida externa que continuam a ser uma fraqueza de crédito importante, mesmo que os riscos de financiamento externo diminuíram.
Em relação aos bancos portugueses a S&P indicou que ainda enfrentam obstáculos em termos de rentabilidade e eficiência. Embora a dependência do financiamento do Banco Central Europeu (BCE) tenha diminuído para cerca de 6% -7%.
A S&P esclareceu que a queda dos défices orçamentais foi impulsionada pela expansão económica, redução das taxas de juros e cortes nas despesas de investimento público.
O Ministério das Finanças (MF) referiu “que a decisão da S&P ocorre depois de serem conhecidos os resultados económicos que Portugal alcançou no ano transato, incluindo o maior crescimento real da economia desde o início do século, o défice mais baixo da democracia e a maior redução da dívida pública em 20 anos.”
O MF lembrou que os resultados também se refletiram na retirada do País da lista de Estados-membros da União Europeia em desequilíbrios macroeconómicos excessivos.