ADOECER, a adaptação ao teatro a partir do romance de Hélia Correia permite um mergulho na vida de Elizabeth Siddal, a modelo, pintora e poetisa que intrigou a sociedade inglesa vitoriana com a estranheza da sua relação amorosa com o pintor e poeta Dante Gabriel Rossetti, na segunda metade do século XIX.
No meio desse universo pré-rafaelita (Siddal foi a modelo de Ofélia, o célebre quadro de John Millais), encontramos Dante e Lizzie, movimentando uma tela contra os espartilhos do tempo. Num abrigo de chá e sujidade, celebram as mais inevitáveis pulsões, criando por palavras e pinturas um mundo onde se pode fugir ao mundo. Um mundo onde seres excecionalmente assépticos gravitam, iluminando a pestilência.
Um mundo onde abutres necrófilos se alimentam da singularidade. Um mundo manipulado por bonecos epidémicos. Um mundo onde aquilo que os liberta é também aquilo que os afoga, os afunda e os condena.
No CCB o Teatro O Bando leva à cena ‘Adoecer’
- Miguel Jesus, dramaturgia e encenação
- Rui Francisco, cenografia
- Jorge Salgueiro, música
- Clara Bento e Sara Rodrigues, figurinos e adereços
- João Neca, assistência de encenação
- João Cachulo/Contrapeso, desenho de luz
- Raquel Belchior, produção
- Nisa Eliziário, assistência de produção
- Catarina Câmara, Miguel Moreira, Sara de Castro
- Antónia Terrinha / Juliana Pinho, Bibi Gomes / Raul Atalaia, Carolina Bettencourt / Rita Brito, Nélson Boggio / Guilherme Noronha, Nuno Nunes, Paulo Campos dos Reis / João Neca, Ricardo Soares / Miguel Jesus e Rui M Silva, os convidados especiais
- Carlos Lourenço, Eurico Cardoso e Nélson Ferreira (ao vivo) e Bizarra Locomotiva (gravado), Músicos.