Acidentes de viação na União Europeia (UE) levaram, em 2024, à morte 19.800 pessoas, o que corresponde a uma taxa de 44 mortes por milhão de habitantes. Os números da Comissão Europeia apontam para uma ligeira diminuição de 3% em relação a 2023.
Embora as mortes na estrada tenham diminuído em 2024, em comparação com 2023, o ritmo dessa diminuição continua a ser muito lento. A maioria dos Estados-Membros está longe de cumprir a meta da UE de reduzir para metade o número de mortes na estrada até 2030.
A evolução face às metas estabelecidas varia entre os Estados-Membros, com alguns países a fazerem progressos significativos, enquanto outros lutam para reduzir as mortes. A classificação das taxas de mortalidade dos países mantém-se praticamente inalterada: a Suécia e a Dinamarca continuam a ter as estradas mais seguras, com 20 e 24 mortes por milhão de habitantes, respetivamente, enquanto a Bulgária e a Roménia apresentam as taxas mais elevadas, com 77 e 74 mortes por milhão de habitantes, respetivamente, em 2023 e 2024. Em Portugal verificaram-se 61 e 56 mortes por milhão de habitantes, respetivamente, em 2023 e 2024, portanto acima da média da UE.
No entanto, a UE está a trabalhar para atingir a “Visão Zero”, ou seja, a eliminação de mortes e ferimentos graves nas estradas até 2050. E se a Comissão Europeia desempenha um papel de liderança na ação a nível da UE, a concretização deste objetivo exige sobretudo uma ação concertada a nível nacional e local.
Grupos mais afetados e fatores de risco
As estradas rurais continuam a representar o maior risco, com 52% das vítimas mortais ocorrem nessas estradas. A maioria das mortes na estrada, ou seja, 77%, envolve homens, enquanto os adultos mais velhos, com mais de 65 anos e os jovens dos 18 aos 24 anos são utilizadores das estradas particularmente vulneráveis.
Em termos de tipo de utilizador da estrada, os ocupantes de automóveis são responsáveis pela maior parte das fatalidades, seguidos pelos motociclistas, com 20%, peões com 18% e ciclistas com 10%.
Os utilizadores vulneráveis das estradas, incluindo peões, ciclistas e motociclistas, representam quase 70% das fatalidades urbanas, o que mostra a necessidade urgente de melhores medidas de segurança para os proteger.