Ao abrigo programa Revive foi lançado, no dia 14 de dezembro, um concurso público para a concessão do Convento do Carmo, em Moura. Os investidores interessados podem apresentar propostas até 16 de abril de 2019. A concessão é por 50 anos para exploração para fins turísticos.
A construção do Convento do Carmo remonta 1251, tendo sido o primeiro Convento da ordem carmelita fundado na Península Ibérica. Os edifícios sofreram no século XVI profundas transformações. Na altura foi construída a igreja, os claustros e as capelas. Foi deste convento que saíram os monges que fundaram o Convento do Carmo, em Lisboa.
Os edifícios estão localizados no centro histórico de Moura, próximo do castelo e da biblioteca municipal. O conjunto do edificado, que engloba a igreja e o claustro do convento, está classificado como imóvel de interesse público desde 1944.
O Convento do Carmo é um dos 33 imóveis inscritos no Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais. Pretende-se com este programa valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país.
Este é o 13.º concurso a ser lançado no âmbito do Revive. Atualmente estão abertos os concursos para a concessão da Casa de Marrocos, em Idanha-a-Velha, Mosteiro de Santo António dos Capuchos, em Leiria, Mosteiro de Arouca, Convento de São Francisco, em Portalegre e Quartel do Carmo, na Horta (Açores).
A Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, indicou que “a recuperação deste convento histórico, o primeiro desta ordem na Península Ibérica, é uma oportunidade para atrair investimento e dinamizar o turismo em Moura e no Alqueva, para criar riqueza e postos de trabalho”.
Para a Secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, “com o lançamento do concurso Revive para o Convento do Carmo, em Moura, dão-se passos importantes na valorização de um monumento de valor histórico excecional, com cerca de sete séculos de existência, e uma condição geográfica privilegiada no contexto do interior transfronteiriço. Esta iniciativa é mais um exemplo do papel da Cultura enquanto elemento essencial para o reforço da competitividade do país”.