O investimento em empresas tecnológicas europeias vai atingir, em 2017, o valor recorde de 19 mil milhões de dólares, indica estudo ‘The State of European Tech 2017 ’ publicado pela Atomico, uma sociedade de capital de risco.
O estudo indica que está em curso uma ‘batalha’ pelo talento tecnológico europeu. Com duas vezes mais licenciados na Europa face aos Estados Unidos e com os postos de trabalho no sector a crescer três vezes acima da média. O futuro da tecnologia na Europa está a ser construído com bases sólidas, originando uma forte procura e competição pelo talento tecnológico europeu.
Os empresários e os empreendedores europeus já não competem apenas entre si pelo talento, mas também com as gigantes mundiais tecnológicas, que estão cada vez mais a construir centros de engenharia ou a investir em empresas tecnológicas europeias. Para Tom Wehmeier, responsável pela investigação na Atomico, “está a decorrer uma ‘batalha’ por talento na Europa”.
O estudo ‘The State of European Tech 2017’ apresenta algumas conclusões:
■ O ano de 2017 irá bater novo recorde em investimento tecnológico europeu com mais de 19 mil milhões de dólares, um valor muito acima dos 14,4 mil milhões verificados em 2016. Com sete empresas fundadas em 2003 a juntaram-se ao clube das de mil milhões, que passa para 41.
■ Aumento de procura e competição por talento. Uma procura que se reflete no número crescente de profissionais e postos de trabalho no sector tecnológico a nível europeu.
■ A tecnologia está cada vez mais a penetrar em indústrias consideradas tradicionais.
■ A regulação está a emergir como uma oportunidade para mais vantagem competitiva. A comunidade tecnológica defende prioridade para mudanças regulatórias para incentivar o desenvolvimento da Inteligência Artificial, o blockchain e veículos autónomos.
O estudo aponta que Portugal apresenta algumas características positivas:
■ Lisboa está no top-10 das cidades preferidas para começar um negócio a ocupar a posição 8.
■ Portugal entrou em 2017 no top 10 dos países com maior crescimento de trabalhadores no sector tecnológico.
■ Portugal está entre os países com maior potencial em termos de capital investido per capita e a Universidade de Lisboa é uma das organizações com mais relatórios publicados relativos a Inteligência Artificial.
Tom Wehmeier indicou que “o estado do sector tecnológico europeu em 2017 é extremamente saudável graças ao valor recorde de capital e ao talento existente”.
Este é o terceiro ano consecutivo que a Atomico, em colaboração com a Slush, faz um estudo exaustivo e elaborado sobre o ecossistema tecnológico europeu.