Dados disponíveis indicam que mais de 1,6 milhões de americanos são diagnosticados com cancro todos os anos, e no mundo são dezenas de milhões. Para cada um destes doentes o “desafio de encontrar a informação certa para gerir a doença geralmente apresenta um outro obstáculo. Selecionar inúmeros sites de saúde para obter informações relevantes, precisas e confiáveis é difícil, e ainda mais difícil é extrair a informação de múltiplas fontes”, indica um comunicado conjunto da IBM e da ACS. É nestes desafios que a plataforma Watson de computação cognitiva vai ajudar.
A plataforma Watson funcionará como um ‘conselheiro’ virtual que “irá antecipar as necessidades das pessoas com diferentes tipos de cancro, em diferentes estágios da doença e em vários pontos do tratamento”. Uma informação que “será dinâmica e cada vez mais personalizada”. Cada vez que é estabelecida uma interação da pessoa com a plataforma o ‘conselheiro’ ficará mais ‘inteligente’.
A IBM e a ACS preveem que o ‘conselheiro’ virtual incorpore tecnologia de processamento de reconhecimento de voz e linguagem natural da plataforma Watson, permitindo aos utilizadores fazer perguntas e receber respostas audíveis.
Um exemplo, citado no comunicado, refere a possibilidade de “uma pessoa com cancro de mama que experimente níveis incomuns de dor possa perguntar o que lhe poderá estar a causar a dor”. O ‘conselheiro’ irá responder com informações baseadas em experiências de pessoas com características semelhantes. Ou seja, o ‘conselheiro’ aprende com cada relação que for estabelecida.
A IBM e a ACS vão criar um recurso robusto baseado em dados de fontes de ambas as organizações, e vão treinar a IBM Watson para usar os dados e compreender e antecipar necessidades particulares. O sistema Watson irá também ‘consumir’ dados do Centro de Informações da ACS National Cancer, dados agregados sobre autogestão, grupos de apoio, atividades de saúde e bem-estar, e de educação em cancro.
A parceria pode levar a informação sobre o cancro a outros níveis “combinando a profundidade e amplitude da informação sobre o cancro com o suporte da tecnologia cognitiva da IBM Watson”. Para Gary M. Reedy, CEO da ACS, “trata-se de fornecer a informação certa às pessoas certas no momento certo”.
A longo prazo, refere o comunicado, a ACS e a IBM têm como objetivo integrar o ‘conselheiro’ com a plataforma já existente IBM Watson para a Oncologia que disponibiliza informação aos médicos. A plataforma Watson para a Oncologia é uma ferramenta de apoio à decisão clínica que ajuda os médicos a tomar decisões personalizadas de tratamento dos doentes, baseadas em evidências.