A campanha está desenhada para ser “a maior a nível mundial” até agora a ser realizada, e irá centrar-se no trabalho sustentável e na segurança e saúde no local de trabalho, no contexto do envelhecimento da população ativa. Com esta campanha a Comissão Europeia vem relembrar que os trabalhadores mais jovens de hoje serão amanhã os mais idosos.
A campanha é dirigida às empresas europeias (privadas e públicas) incentivando-as “a promoverem o trabalho sustentável e o envelhecimento saudável desde o início da vida ativa. Deste modo, estarão a proteger a saúde dos seus trabalhadores, não só até à reforma como depois, e a contribuir para a produtividade das suas organizações”, indica a CE.
Para Marianne Thyssen, Comissária responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, a campanha “é extremamente pertinente”, dado que é necessário “começar já a responder às necessidades futuras dos locais de trabalho e dos trabalhadores europeus”. Para esta responsável da CE, “as empresas que enfrentarem desde já os desafios de saúde, colocados por uma mão de obra em envelhecimento, ganharão em produtividade, o que só as poderá beneficiar a elas e aos trabalhadores”.
Christa Sedlatschek, diretora da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, sublinhou alguns dos “fundamentos económicos do tema da campanha”, referindo que, “ao destacar a sustentabilidade do trabalho durante toda a vida ativa, estamos a ajudar os trabalhadores a proteger melhor a sua saúde e as empresas a obter maiores benefícios”.
A evolução demográfica a decorrer na Europa, onde se verifica um significativo ritmo de envelhecendo da população, faz-se sentir no mercado de trabalho, por outro lado, está a levar a um aumento de encargos sobre os trabalhadores no ativo, indica a CE.
Dados do Eurostat indicam que a esperança de vida nos 28 Estados-Membros da União Europeia (EU-28) aumentou 2,9 anos, entre 2002 e 2013, ou seja, de 77,7 para 80,6 anos.
Em 2013, a média de idade nos homens era de 40 anos e nas mulheres de 43 anos, e em 2060 o Eurostat prevê que seja de 45 anos para os homens e 47 para as mulheres. Mas o maior impacto a exigir mudanças vem do grupo etário a partir dos 65 anos, prevendo o Eurostat que o número de pessoas com 65 anos ou mais duplique, na Europa, entre 1990 e 2080, atingindo quase um terço da população total.