O combustível que alimenta os satélites é a hidrazina, um produto tóxico que obriga a altos níveis de segurança para o seu manuseamento, o que torna o processo de alimentação dos satélites numa tarefa delicada.
A hidrazina, usada como propelente, vai permitir aos satélites, através dos seus motores de movimento, afinar a sua orientação e posicionamento nas orbitas, no fim da viagem para o espaço e depois ao longo de 12 ou mais anos que irão manter-se em orbita.
Depois do abastecimento de combustível, que ocorreu em 13 e 14 de maio, os dois satélites ‘Daniele’ e o ‘Alizée’ foram acoplados ao ‘terminal de check-out’ para verificação de carga de baterias e teste dos relógios atómicos.
Os satélites irão ser transportados pelo foguetão Soyuz, no dia 24 de maio, para uma órbita circular a uma altitude de 23.522 quilómetros, e inclinada a 57,394 graus ao equador, numa viagem prevista de voo de 3 horas e 48 minutos.
O sistema Galileo vai ser composto por 24 satélites operacionais e vai constituir o sistema de navegação global por satélite civil europeu. Em conjunto com os 24 satélites o sistema envolve infraestruturas terrestres para permitir a prestação de serviços de posicionamento, navegação e cronometria.
O programa Galileo é financiado e propriedade da União Europeia, cabendo à Comissão Europeia a responsabilidade de globalmente gerir e supervisionar a implementação de todas as atividades do Galileo. A Agência Espacial Europeia (ESA) é a responsável pela implantação do Galileo, conceção e desenvolvimento da nova geração de sistemas e o desenvolvimento técnico da infraestrutura. A definição, fases de desenvolvimento e validação em órbita são realizadas pela ESA, e cofinanciadas pela ESA e pela Comissão Europeia.