A Mazda continua o seu ascendente percurso com a renovação da sua gama, espelhando em todos os modelos a nova tendência estilística recentemente apresentada e incorporando nos vários modelos as opções dos seus topos de gama. E o Mazda 3 reflete essa mesma tendência estilística, como um mini Mazda 6.
Desaparecidos na oferta de algumas marcas, fruto mais de modas do que opções comerciais, com uma aposta generalizada das marcas em SUV e em modelos de 2 volumes, o sedan 3 surge para este ensaio – e já a Hyundai segue a tendência – com a oferta de um modelo de 3 volumes, equilibrado e que, de modo justo, pode ser mais uma oferta útil para o consumidor final, num modelo bem desenhado, esteticamente equilibrado, com a aposta na grelha frontal tridimensional, nos faróis de led, nos indicadores de direção incorporados nos retrovisores, numa frente que revela desportividade e robustez.
O desenho fluído do modelo que “fecha” num estilo coupé finaliza num 3º volume (curto) sobrelevado, que lhe garante novamente um aspeto robusto, quando visto de lado ou mesmo de traseira. Esta nova tendência de um “falso” coupé, usada em várias marcas, tem colhido cada vez mais adeptos, e a MAZDA soube – e bem – interpretar essa tendência, mesmo que penalize um pouco a entrada nos lugares traseiros devido à menor altura ao tejadilho (situação que no interior do veículo não se nota)
Interiormente a marca aposta na mesma bitola aproximando-o do Mazda 6. Um habitáculo claramente orientado (e inspirado) para o condutor, com uma boa qualidade de construção – mesmo mantendo vários plásticos rijos – e uma cuidada montagem de todos os elementos.
O tablier mantém o aspeto tradicional – sem a aposta em arrojadas tendências estilísticas – cativante, com o destaque para o ecrã (touch) central, suspenso no tablier mas que também pode ser operado na consola central através do manípulo correspondente.
A manete da caixa de velocidade pequena e que, em utilização, se revela ótima, seja na precisão ou na utilização curta de cada engrenagem, relembrando sempre o Mazda MX5, é um dos elementos que mais facilmente se destaca no interior do 3, sendo que a ergonomia bem pensada, deixa-nos “cair” a nossa mão no exato espaço da manete da caixa, o que, a par da excelente posição de condução, nos permite enfrentar e desenhar bons quilómetros de estada e cidade
O espaço interior, tanto à frente como atrás é de bom nível, os bancos acolhem-nos com eficácia mas sobretudo revelam-se confortáveis ao longo de muitos quilómetros de utilização. Em termos dinâmicos o MAZDA não desilude. Diria que depois de conduzirmos o MX5, a fasquia é essa. Eficácia, desportividade, envolvência. E todos esses itens encaixam neste modelo, mesmo não sendo um desportivo. A marca mantém incólumes os atributos que lhe são reconhecidos e que recolhem dividendos do MX5.
Assim, o 3 revela-se um modelo simples e fácil de conduzir, que transmite e lê bem a estrada, com um direção precisa e rápida e um comportamento sempre muito ágil mas sobretudo preciso e comunicativo. O motor da unidade ensaiada 1.5 que, não sendo um desportivo – longe disso – mas que fruto de uma correto escalonamento da caixa de velocidades, da qualidade do chassis e das afinações da suspensão, disfarça muito bem a potência que tem, também muito por culpa do premiado sistema G-Vectoring Control, que adapta a potência transmitida às rodas dianteiras baseado na inclinação do volante.
A aposta global das marcas em sistemas de segurança ativa e passiva passou a ser uma generalidade e o 3 surge dotado, entre muitos outros equipamentos de câmara de estacionamento traseiro, monitorização e alerta do ângulo morto, travagem automática, sistema de manutenção da faixa de rodagem, entre outros.
Em termos de consumos, este motor com 105 Cv revela-se muito comedido nas idas à estação de serviço, que em andamento regrado perfizeram 4.8l aos 100kms até uns… 5.2l em andamento mais vivo. Tudo isto por um preço entre 25.000 euros a 27.900 euros consoante o nível de equipamento.