Cada dia que passa somos confrontados com novos modelos e novos segmentos e este onde se insere o KIA STONIC é um deles, os SUV do segmento B.
Cada marca tenta ao longo da sua história minimizar os custos, aumentar as sinergias, e acima de tudo, estar presente no mercado numa relação quase de 1:1 para com o cliente.
E esta segmentação do mercado leva-nos à existência de opções disponíveis em todas as marcas, em todos os modelos, em todos os segmentos. Adicionalmente, o mercado automóvel mudou e os automóveis deixaram de ser cinzentões – na cor e na forma – para passarem a ostentar formas dinâmicas, desportivas e apelativas, a que adicionaram uma palete de cores do exterior do modelo ou a atual moda da dupla tonalidade.
O KIA STONIC entra assim nesta nova moda dos SUV do segmento B, com um modelo que aposta na jovialidade, irreverência, desportividade.
Com rodas bem no extremo da carroçaria, a sobrelevação típica do SUV, o spoiler desportivo, as barras no tejadilho, a dianteira com uma extensa grelha que é hoje a nova imagem de marca da KIA. É deste modo que exteriormente a marca apresenta o STONIC num pacote cada vez mais importante, onde a estética assume papel importante e em consequência, a KIA recolhe aqui clientes potenciais.
No interior, e sendo este o segmento B, não podemos encontrar um espaço interior amplo e desafogado de outros segmentos, sendo que o modelo mantém-se na média, com espaço suficiente para 4 adultos (5 desde que não muito encorpados). A tendência atual das marcas – felizmente – é para a oferta de um pacote tecnológico amplo em qualquer modelo e este STONIC (ainda mais nesta versão topo de gama) contém toda uma panóplia de tecnologia que hoje já não dispensamos – desde o Bluetooth, aos comandos no volante, ao sistema de navegação, ar condicionado automático, ecrã tátil de 7 polegadas, cruise control, sensores de luz e chuva, sistema de travagem de emergência (sem duvidas um dos mais importantes), alerta de manutenção da faixa de rodagem. Um detalhe plenamente melhorável é o vidro do passageiro não ser também totalmente automático sendo necessário pressionar o dedo para o elevar.
Em termos de motorizações, apresenta o 1.0 turbo, 1.2 e 1.6 diesel com 110 cv (modelo ensaiado) e preços entre os 14.000 euros e os 23.000 euros da versão diesel TX (a mais equipada)
Em termos de montagem e qualidades dos acabamentos são de bom nível mesmo recorrendo a plásticos duros. A insonorização é a habitual no segmento onde se insere.
Em termos de comportamento o KIA fruto da sua maior altura ao solo – com um centro de gravidade mais elevado que os normais automóveis – cria no condutor ao início da sua condução algum receio inicial na entrada em curva; tendência essa plenamente desfeita quando descrevemos as primeiras curvas e compreendemos que o comportamento é preciso e correto na entrada em curva e em reta e que, essa reserva, deriva de uma questão física ao estarmos sentados mais afastados do solo e percecionamos a estrada de um modo distinto e que rapidamente nos habituamos; num modelo que se assume com uma suspensão confortável mas seca – ao bom estilo germânico. Os consumos comedidos desta versão rondaram os 5.4 litros.
A política de preços agressiva que a marca apostou com este modelo tem gerado uma onda de seguidores onde vários fatores contribuem para tal: A confiança que a marca transmite ao cliente com os 7 anos de garantia; o desconto de campanha de 3.750 euros; um modelo bem desenhado, bem construído e envolvido num produto bem concebido esteticamente, tanto estática como dinamicamente, com um comportamento correto e consumos comedidos.