Se dúvidas existissem quanto ao investimento que a marca tem feito nos seus produtos, têm-se dissipado pela boa aceitação que os seus modelos têm na Europa e por todo o mundo. Estamos a falar da Hyundai.
No modelo Hyundai I30 1.0 TDGI não é só o design que é extremamente apelativo, com similaridades com o VW GOLF – revelador de modelos bem aceites, elegantes e intemporais – mas com uma “pitada” de desportividade e irreverência. Esta conjugação tão difícil por vezes de conseguir resulta num modelo que cativa. Adicione-se uma qualidade de montagem e de materiais, quase germânica, uma ergonomia de alto nível, acolhidos nuns bancos confortáveis e acolhedores com um suporte lateral rigoroso.
O outro fator que distingue o I30 são os frutos que a marca recolheu e recolhe dos ralis, onde a qualidade do chassis, a precisão da direção – que, mesmo elétrica lê bem a estrada – o rigor da suspensão, a precisão e solidez de todo o conjunto.
Com tudo isto, em estrada aberta encontramos um modelo idêntico a alguma (boa) concorrência. Um modelo confortável, seguro e silencioso que convida a muitos quilómetros.
Pessoalmente considero que é em curvas encadeadas que o I30 1.0 com 120cv revela melhor as qualidades do seu chassis, o trabalho da suspensão e da excelente caixa de velocidades (seja na precisão, ou no aproveitamento das capacidades do motor). É muito difícil – mesmo muito – tirar a compostura ao I30, pois é um modelo que não precisa de quaisquer correções nas entradas e no decurso das curvas, onde o comportamento é referencial. O motor mesmo sendo um tricilindrico não é intrusivo no habitáculo, sendo que somente nos arranques existe um ligeiro gap até ganhar fôlego. E, assim que ganha folego, fica a dúvida se estão ali somente 120cv, porque parecem mesmo muito mais.
Em resumo, num modelo que se inicia nos 19.400 euros sempre recheado de equipamento mas sobretudo de qualidade e robustez, com um comportamento seguro, previsível e insuspeito que este modelo se apresenta ao consumidor. Deixa de haver razões para este modelo não competir com os melhores na liderança do segmento.
Autor: Jorge Farromba