A DACIA enquanto marca do universo Renault tem sabido gerir com muita inteligência o legado que capitalizou ao longo dos anos. Conseguiu num mercado tão competitivo como o atual, tanto a nível nacional como mundial, manter uma quota de vendas muito interessante, um posicionamento que a marca nunca escondeu de um automóvel a preço reduzido (sem ser low-cost). E todas estas mais-valias conseguiu-as com um produto que aproveita ao máximo as sinergias do grupo Renault, recolhendo principalmente do Clio muito dos elementos para este modelo, emolduradas numa estética que inteligentemente soube retocar (a partir do modelo Renault), que tem recolhido seguidores e que lhe atribuem também uma imagem de fiabilidade e robustez, itens sempre importantes.
Presente em cerca de 40 países, esta marca e este modelo têm registado anualmente um crescimento de vendas que se espelha numa gama cada vez mais completa para cobrir a quase totalidade do mercado automóvel.
Neste lifting que a marca fez a toda a gama, dotou o Sandero com a plataforma do CLIO III, numa renovação que respeita a identidade visual da marca, com novos equipamentos herdados de outros modelos do grupo e da própria marca num design apelativo e atual. Em termos estéticos, o Sandero Stepway – e esta série limitada em particular – distingue-se do seu irmão Sandero, por uma maior distância ao solo, grelha dianteira cromada, novas jantes exclusivas, proteções dianteira e traseira em cromado, retrovisores exteriores em preto, e proteções das cavas das rodas em plástico cinzento. Já no habitáculo, o registo vai para o ar condicionado automático, câmara de estacionamento traseira e bancos específicos em tonalidade cinza.
O restante equipamento inclui o sistema multimédia com GPS, Bluetooth, cruise control (e limitador de velocidade), volante em pele (com excelente pega e tamanho, e que inclui alguns comandos) e alavanca do seletor de velocidades em pele.
Interiormente, encontramos à frente um espaço suficiente para dois adultos, com bancos com uma espuma mais mole que privilegia claramente o conforto (a própria calibração da suspensão também segue pela mesma bitola), um painel de instrumentos sem plásticos moles e com alguns dos comandos ainda colocados na consola central, derivado das sinergias com o modelo Renault que herdou. O posicionamento do banco e do modelo que, por si é mais alto que o Sandero, é elevado, o que é agradável num modelo mais citadino. Atrás, o espaço é suficiente para 2 adultos com bancos amplos até mais sentido ao nível das pernas e com uma abertura de portas de bom nível. A bagageira é espaçosa, aproveitando ao máximo a totalidade do espaço disponível.
Em termos dinâmicos, o motor 1.0 (898cm3, 3 cilindros, silencioso q.b e sem se intrometer, quer em ruído quer em vibrações, no interior do habitáculo) a gasolina com 90Cv, é bastante solícito, rápido e sobretudo muito económico (5,3l foi a média mais elevada que conseguimos realizar, visíveis num computador de bordo prático e útil). O comportamento em estrada e cidade privilegia, como seria de esperar o conforto, sendo que o mesmo nunca se assusta com viagens em estrada e/ou autoestrada, mesmo carregado.
Tenho também para mim que, a possibilidade desta viatura ser vendida para o mercado do TAXI diz muito do grau de fiabilidade que a mesma tem de possuir, porquanto temos táxis que circulam em Lisboa, 24 sobre 24 horas.
Em resumo, o Stepway nesta série especial vai certamente cativar ainda mais publico – provavelmente mais jovem – pela imagem de certo modo irreverente, prática e com custos comedidos com que se posiciona, isto, sem abdicar de alguns elementos e apontamentos que hoje em dia o mercado português não dispensa.
O preço do Stepway nesta série limitada inicia-se nos 13.305€ na versão a gasolina com 90Cv, na versão diesel de 90Cv com um preço de 16.805€ e, por fim, na versão a GPL com o valor de 14.000€.