Figo-da-índia um fruto com elevados benefícios para a saúde

Investigadores mexicanos desenvolveram produtos alimentares com base no figo-da-índia. Usado na gastronomia ancestral mexicana, o figo-da-índia é rico em vitaminas A, C e K, cálcio, ferro, magnésio e potássio.

Figo-da-índia
Figo-da-índia

O aumento de consumo de produtos sem valor nutricional por parte da população mexicana levou investigadores da Universidade Autónoma de Chapingo a estudar e a produzir alimentos à base de figo-da-índia dado os valor nutricional deste fruto.

São conhecidos os componentes do figo-da-índia, verificando-se que é rico em vitaminas A, C e K, cálcio, ferro, magnésio e potássio, e que tem um efeito na saúde importante, na medida que reduz os índices de triglicerídeos, colesterol e ajuda a controlar a glicose.

Nicté Álvarez Castro, investigadora da Universidade Autónoma de Chapingo, que lidera o projeto de desenvolvimento dos produtos à base de figo-da-índia, referiu que para produzir um aperitivo com o figo-da-índia (ou opuntia, nome científico) é necessário liofilizá-lo, isto quer dizer o fruto é congelado e depois introduzido numa câmara de vácuo para remover a água. Um processo que se traduz na passagem do estado sólido ao gasoso sem passar pelo estado líquido.

O resultado final foi a produção de um ‘lanche pronto para o consumo’ com a marca ‘Produtos Nutracêuticos Chapingo’.

A investigadora descreveu o processo quando executado manualmente, ou seja, “primeiro o figo-da-índia é lavado e descascado, em seguida, cortado às fatias e removida a parte do centro do fruto, depois é posto em contacto com uma solução adoçante, de seguida é congelado e liofilizado. Por cada quilo de figo-da-índia obtém-se 100 gramas de figo-da-índia liofilizado”.

Na investigação realizada no Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubirán, os cientistas verificaram que este produto alimentar à base de figo-da-índia controla os níveis de colesterol e triglicerídeos quando é consumida uma porção de 200 gramas de produto liofilizado.

Os cientistas procederam a testes do produto em crianças entre os 12 e 14 anos e numa amostra de 100 crianças, e verificaram que 94 crianças disseram que voltariam a comer o produto por ser agradável ao paladar. “O nosso objetivo são as crianças e elas gostam do produto”, referiu Alvarez Castro.

Investigadores da Universidade Autónoma de Chapingo
Investigadores da Universidade Autónoma de Chapingo

A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde indicam que o México é o quarto maior consumidor de alimentos sem valor nutricional e o primeiro na América Latina. O consumo médio por pessoa de alimentos sem valor nutricional é de 212 kg por ano. Neste caso os nutracêuticos da Universidade Autónoma de Chapingo são uma alternativa saudável.