Ciente que a cidade é cada vez um espaço mais exíguo para os automóveis, a marca HYUNDAI mantém a sua aposta no segmento A dos citadinos, com a renovação de um modelo i10 bem interessante, capaz e apetrechado, dotado de inovações que se encontram em segmentos superiores e muitas vezes como opcionais.
ESTÉTICA – EXTERIOR E INTERIOR
O desenho face aos primeiros HYUNDAI i10 não é muito diferente mas está agora mais dinâmico e com carácter desportivo, mais clean, principalmente nesta versão bicolorida. A grelha volta a ser o elemento que mais sobressai na zona frontal da carroçaria, com os faróis de presença redondos e um para-choques estilizado e que também que oferece maior rigor aerodinâmico.
Na traseira mantém o essencial do modelo anterior, percecionando movimento, com faróis no bordo da carroçaria ligeiramente quadrados. No computo geral trata-se de uma viatura alegre e jovial que colhe adeptos e que, como veremos, não serve somente para cidade.
Já no interior é de saudar que um modelo que mantém dimensões reduzidas consegue abraçar tanto espaço interior seja em comprimento como em largura e na dimensão da bagageira.
Espaço interior suficiente para 4 pessoas e espaço para as pernas no banco traseiro, o que permite questionar, de onde surgiu o espaço para tal, face às dimensões no exterior.
MATERIAIS, USER EXPERIENCE
A primeira nota que sobressai é no desenho do tablier, decalcado dos irmãos maiores – mas agora, e bem, com o ecrã central embutido no tablier e não suspenso, o que me agrada bastante mais, a par da usabilidade do mesmo e das funcionalidades incorporadas (por ex Apple Car Play e Android Auto).
No HYUNDAI i10 os materiais são quase todos em plástico rijo mas, mesmo assim a marca inovou e dotou alguns apontamentos do tablier, forrando-o, o que lhe eleva a perceção de qualidade (e requinte).
Dotado de bancos confortáveis (sem grande apoio lateral, mas estamos a falar de um citadino), encontramos muito, mesmo muito equipamento disponível. Volante aquecido e regulável, botões no volante forrado a pele sintética, painel de instrumentos de boa leitura e onde constam todos os sistemas de segurança presentes em viaturas do segmento superior – desde o sistema anti-colisão frontal, sistema que regula a manutenção na faixa de rodagem, máximos automáticos, cruise control, câmara traseira etc. Tudo sistemas que, transfiguram um modelo assumidamente citadino mas que não se assusta em estrada.
EM ESTRADA
De um modelo com 67 cv não se podem esperar caraterísticas de desportivo. Mas nem somente os CV contam. Temos de olhar para o peso do conjunto e para a caixa de 5 velocidades pilotada (sem 3º pedal) precisa e bem escalonada, situação que lhe permite ser desenvolvo em cidade e também em estrada. A caixa possui um ligeiro delay na mudança de velocidade mas nada que ofusque as capacidades do modelo.
Conforto correto mesmo em piso mais degradado – ausência de ruídos parasitas no interior – e um comportamento correto que, mesmo com a curta distância entre eixos do modelo, não sai beliscado. A direção elétrica permite uma boa leitura da estrada e não é vacilante quando a alinhamos no sentido da curva.
Detalhes que se mantêm em toda a “armada” Hyundai é a potência da travagem e do sistema de AC.
CONSUMOS, PREÇO E SEGURANÇA
Os consumos efetuados foram quase sempre 5,1 tendo raras vezes oscilado para os 5,2 litros. O preço ronda os 14.500€ nesta versão totalmente equipada, com caixa semiautomática, pintura bicolor e 7 anos de garantia.