A Honda sempre procurou inovar nos seus produtos e, desde o seu lançamento que o Jazz tem sido agraciado com uma legião de seguidores, não só pelo desenho feliz do modelo mas pela incorporação de soluções que o destacam no universo da concorrência.
Para começar, o novo Jazz surge bem mais comprido e largo ou não utilizasse a plataforma global do seu irmão HR-V, o que coadjuvado com o desenho de monovolume, uma imagem assente em fiabilidade, baixos custos de manutenção e longevidade, promovem o Jazz num patamar que merecidamente lhe devia permitir lutar pelos lugares cimeiros no seu segmento.
Ora, nesta nova versão a Honda mantém por isso inalterado o desenho do Jazz, melhorando alguns detalhes que o modernizam mas também lhe afiguram uma aura de dinamismo e robustez.
Mas se o exterior não demonstra na totalidade a validade do conceito monovolume, é quando acedemos ao interior do Jazz e nos apercebemos de valores referenciais de habitabilidade seja à frente como atrás – sendo que aqui a marca manteve os bancos mágicos – uma solução tão simples quanto engenhosa de ganhar (imenso) espaço por baixo dos bancos traseiros, ou permitir a estes a recolha vertical (!!) dos mesmos. E as soluções não se ficam por aqui, pois fruto do desenho dos bancos, o do passageiro uma vez retirado o encosto de cabeça, encosta no banco traseiro, para formar uma…’cama’.
Os bancos são amplos e confortáveis, o painel de instrumentos e consola central foram pensadas para ser simples, práticas e intuitiva. O tablier, construído com muito recurso a plásticos rijos, ostenta um desenho tradicionalista, mas atual, com recurso a um prático e robusto ecrã tátil de 7 polegadas que reúne a maior parte das funções.
Em modo dinâmico o Jazz é um daqueles motores i-VTEC de 1.3 litros – com 102 CV de potência…Honda que parece que nunca mais acabam as rotações. Embora neste modelo se note a presença do motor no habitáculo, a caixa de velocidades, curta, precisa e silenciosa, ajuda a viagens rápidas e céleres. Em termos de comportamento o Jazz mantém uma postura imaculada, colado à estrada, sendo muito difícil, que este reaja intempestivamente – qualidade do chassis e do conjunto mola-amortecedor mas também com quota-parte de importância da qualidade dos pneus Bridgestone.
O Jazz europeu vem dotado de três níveis de equipamento – Trend, Comfort e Elegance, com os já habituais sistemas de travagem automática, sensores de chuva, luminosidade, Sistema Adas (deteção de condições perigosas na estrada), leitura de sinais de trânsito, Honda Connect com preços entre os 18.000 euros e os 20.000 euros e consumos reais de 5 litros aos 100km.
Em resumo, o Jazz modernizou-se mas manteve ainda mais evidentes as grandes vantagens do conceito de monovolume, onde se viaja, em qualquer posição com um desafogo só visto em segmentos superiores, onde se privilegia o conforto, comportamento e o consumo mantém-se em consonância com a concorrência.
Autor: Jorge Farromba
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