Em mensagem de pesar pela morte do jornalista e escritor Armando Baptista-Bastos, o Presidente da República refere que “não havia outro nome tão facilmente identificável com a história da imprensa portuguesa”.
A mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa, colocada no site web da Presidência, indica: “Foi na imprensa que nos habituámos às suas crónicas buriladas, vernáculas, veementes, às suas entrevistas conversadas que também fizeram escola na televisão, e às reportagens, à crítica cinematográfica”.
Em nota o Gabinete do Ministro da Cultura indica que a morte de Baptista-Bastos é “uma grande perda para a cultura portuguesa”.
Armando Baptista-Bastos foi uma figura incontornável do jornalismo português, romancista e ensaísta, natural de Lisboa, iniciou a carreira profissional aos dezanove anos no jornal ‘O Século’, em 1953 assinou a coluna de crítica ‘Comentário de Cinema’, no ‘O Século Ilustrado’, passou pelo ‘O Diário’, o ‘República’ e o ‘Diário Popular’ entre muitos outros, tendo também sido correspondente da ‘Agence France Presse’.
Como jornalista adotou um jornalismo inovador e próprio, recebeu vários prémios, destacamos o em 1966 o Prémio Feira do Livro, em 1978 o Prémio Artur Portela, em 1985 o Prémio Nacional de Reportagem – Prémio Gazeta, em 1986 o Prémio Casa da Imprensa, em 1980 e em 1983 o Prémio ‘O Melhor Jornalista do Ano’, em 1987 o Prémio Pen Clube, em 1987 o Prémio Cidade de Lisboa, em 2006 o Prémio de Crónica João Carreira Bom, e ainda em 2006 o Prémio Clube Literário do Porto.
Como escritor escreveu diversas obras como ‘O Secreto Adeus’, ‘O Passo da Serpente’, ‘A Colina de Cristal’, ‘Um Homem Parado no Inverno’, ‘O Cavalo a Tinta da China’, ‘As Bicicletas em Setembro’, ‘A Bolsa da Avó Palhaça’, entre outros romances e diversas crónicas.