No primeiro trimestre de 2017 o défice das Administrações Públicas (AP) melhorou 290 milhões de euros, face a igual período do ano de 2016, fixando-se agora em 358 milhões de euros. O excedente primário cresceu 280 milhões de euros, ou seja, 22,9% atingindo os 1.502 milhões de euros. Um resultado que, refere o Ministério das Finanças (MF) “resulta da estabilização da despesa, que cresce de apenas 0,3%, e de um crescimento da receita de 1,9%.”
O MF indica que “o crescimento da receita foi condicionado por efeitos temporários ou sem impacto nas contas nacionais de 2017, com especial incidência nos dois primeiros meses de 2017. Excluídos estes fatores, a receita das AP vem refletindo a melhoria da atividade económica.”
A receita bruta de IVA aumentou 7% e as contribuições para a Segurança Social aumentaram 5,5%, os valores são superiores aos valores previstos e inscritos no OE 2017.
A despesa primária das AP apresentou um crescimento de 0,4%, que o MF explica em grande medida pelo aumento da despesa de capital em 15,9%, e pela despesa corrente primária ter recuado 0,6%.
A dívida não financeira nas AP, despesa sem o correspondente pagamento, incluindo pagamentos em atraso, reduziu em 365 milhões de euros face a igual período de 2016, tendo o stock de pagamentos em atraso registado um decréscimo de 42 milhões de euros, referiu o MF.