O Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, autorizou a alienação dos helicópteros da Força Aérea, Alouette III, pelo seu crescente obsoletismo tecnológico, e a aquisição de cinco novos helicópteros ligeiros monomotor para os substituir. O investimento deverá ser feito entre 2018 e 2020 e não pode exceder os 20,5 mil milhões de euros. O investimento enquadra-se na Lei de Programação Militar.
A autorização dada pelo Ministro da Defesa Nacional (MDN) inclui a aquisição de cinco helicópteros ligeiros monomotor, com a opção de aquisição de mais dois, ou seja de sete. A aquisição dos helicópteros “incluiu treino, sobresselentes e material de apoio, para garantir a continuidade das missões efetuadas pelos helicópteros ligeiros monomotor, atualmente os Alouette III, como instrução de pilotagem de helicópteros, busca e salvamento, evacuação sanitária militar.”
De acordo com comunicado do MDN a “alienação dos helicópteros Alouette III, ao serviço de Portugal e da Força Aérea há mais de 50 anos” deve-se ao estado obsoleto da tecnologia e à “súbita escassez de componentes no mercado, associada à inexistência de uma entidade reparadora de motores”, e por não haver “centros autorizados para efetuar grandes inspeções” aos Alouette III, o que “inviabiliza a sua operação para lá de 2018.”
O MDN esclarece que “o Alouette III é um helicóptero muito manobrável e versátil utilizado em operações de transporte aéreo, evacuações médicas, busca e salvamento, resgate no mar, apoio tático e geral, mobilidade e assalto, reconhecimento visual, e garantem a instrução básica de pilotagem de helicópteros.”
A Força Área dispõe presentemente de 6 aeronaves Alouette III que têm vindo a apoiar “missões de interesse público, contribuindo designadamente no apoio ao dispositivo de combate a incêndios.”
O comunicado do MDN indica que foi delegado no General Manuel Rolo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, com a faculdade de subdelegação, a condução do procedimento de aquisição dos helicópteros, designadamente a aprovação do Programa, o Caderno de Encargos, a nomeação do júri, a seleção e negociação das propostas.