A procissão do Senhor dos Passos da Graça saiu da igreja de São Roque, no Largo Trindade Coelho, às 15h00, do dia 12 de março, e fez o percurso até à igreja da Graça, no Largo da Graça. A Procissão presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, passou pelo Largo do Chiado, Rua Garrett, Rua do Carmo, Praça D. Pedro IV (Rossio), Largo São Domingos, Travessa de São Domingos, Rua da Palma, Praça Martins Moniz, Capela de Nossa Senhor da Saúde, Seguindo pela Rua da Mouraria, Rua Cavaleiros, Largo Terreirinho, Calçada de Santo André, Calçada da Graça, e Largo da Graça.
Ao longo do percurso foram muitas centenas de pessoas que acompanharam a procissão, mas verificaram-se concentrações no Rossio, Largo São Domingos, Martin Moniz, junto à capelinha de Nossa Senhora da Saúde, e no Largo da Graça. Muitos recolheram imagens, especialmente os turistas, que paravam para assistir.
Com inicio em 1587 a procissão dos Passos da Graça é considerada a percursora das procissões de Passos que decorreram, e ainda decorrem, por todo o país, e mesmo no mundo. A iniciativa terá sido de Luís Álvares de Andrade, em 1586, quando instituiu uma irmandade de que é herdeira a atual Real Irmandade de Santa Cruz e Passos da Graça. É esta Irmandade, com o apoio da Irmandade da Misericórdia e de São Roque e da Câmara Municipal de Lisboa, que organiza a procissão.
A procissão celebra período da Quaresma, evocando a paixão e morte de Jesus Cristo, percorrendo a ‘Via Sacra de Jerusalém’, com imagens do Senhor dos Passos e da Nossa Senhora da Soledade. A procissão ocorre há 430 anos.
Desde a igreja de São Roque, Fernando Medina, Presidente da Camara Municipal de Lisboa, acompanhou a procissão, tendo Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Assunção Cristas, candidata à Câmara de Lisboa, também participado.
Marcelo Rebelo de Sousa, já em 2016, também se tinha integrado na procissão, agora em declaração aos jornalistas referiu que desde sempre teve o hábito de participar e “quando era adolescente participava mais nas terras de origem, no Norte, nomeadamente nas Terras de Basto ou em Braga, do que em Lisboa, mas em Lisboa, também”.