O Secretário de Estado da Internacionalização (SEI), Jorge Costa Oliveira, realiza de 20 a 23 de fevereiro uma visita oficial ao Senegal onde terá contactos institucionais e empresariais. Nesta visita é acompanhado por cerca de 20 empresários e representantes de empresas portuguesas, de diversos sectores, com interesses na região.
Na deslocação ao Senegal o objetivo indica nota do Gabinete do SEI, “é avaliar as perspetivas futuras sobre a evolução daquele mercado e as oportunidades de internacionalização que se abrem para as empresas portuguesas no quadro do ‘Plan Sénégal Emergent’ (PSE), recentemente aprovado pelo Governo daquele país”.
A visita permitirá “identificar estratégias de penetração no mercado senegalês”. O Senegal está a atravessar um período de profundas alterações estruturais, em setores como agricultura, saúde, infraestruturas, economia marítima, modernização da rede energética e no domínio da digitalização da economia. Esta última com a aprovação da estratégia ‘Sénégal Numerique’ para o período de 2016 a 2025.
A deslocação do membro do Governo e do grupo de empresários “insere-se na estratégia de internacionalização e apoio às empresas portuguesas, tendo em vista, também, o mercado da CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que conta com mais de 320 milhões de consumidores”.
Da agenda da visita do SEI consta “encontros de trabalho com o Ministro das Infraestruturas e dos Transportes Terrestres, Pescas e Economia Marítima, Água e Saneamento, Energia e Desenvolvimento das Energias Renováveis, com o Secretário de Estado da Rede Ferroviária e com representantes da Agência de Promoção do Investimento do Senegal, a congénere da AICEP”.
Jorge Costa Oliveira tem marcada uma visita à Feira SENCON 2017, Exposição Internacional de Materiais e Máquinas de Construção, a decorrer de 22 a 25 de fevereiro na capital, Dakar, onde em “concertação com a AEP – Associação Empresarial de Portugal” reúne com a delegação portuguesa e empresas portuguesas presentes no certame.
A população no Senegal é de cerca de 13 milhões, uma população em que 62% possui menos de 25 anos. De acordo com o PSE a taxa de desemprego situava-se, em 2014, nos 10,2%, sendo 7,7% nos homens e 13,3 nas mulheres.
A população ocupa-se sobretudo em atividades informais, sendo que em 2010, a produção do setor informal representava 39,8% de toda a produção, ou seja, 41,6% do PIB.
O PSE está projetado para uma visão de reformas estruturais a 20 anos, prevendo que nos primeiros 10 anos o crescimento do PIB, dos atuais 3% a 4% passe para crescimentos dos 7% a 8% ao ano, sendo os motores de desenvolvimento a agricultura, a construção de habitações, a mineração e o turismo.
O emprego formal deverá passar dos atuais 6% para 10% do total dos empregados, ou seja é esperada a criação de 600 mil novos postos de trabalho, e o atual rendimento por pessoa deverá ser multiplicado por 1,5.