António Costa, presidente do Conselho Europeu, afirmou ontem, 3 de janeiro de 2025, em Varsóvia, na Polónia, no início da presidência polaca do Conselho da União Europeia, que desde que a Polónia se juntou à União Europeia, há vinte anos, tem sido “uma verdadeira fonte de dinamismo. Uma pedra angular da defesa europeia. Um pilar crucial do Mercado Único. E uma economia inovadora e florescente.”
“A Polónia é definitivamente uma das maiores histórias de sucesso do alargamento, o melhor investimento geoestratégico que a Europa fez para garantir a liberdade e a democracia após longos períodos de totalitarismo”, afirmou o presidente do Conselho Europeu.
A Polónia assume durante os primeiros seis meses de 2025 a presidência do Conselho da União Europeia, uma função que António Costa indicou que será provado “que o patriotismo e a integração europeia estão interligados”, e que as “presidências rotativas preservam o papel dos Estados-Membros como forças motrizes da agenda estratégica da União Europeia.”
Consciente do forte sentimento nacionalista dos polacos, o Presidente do Conselho Europeu, afirmou que “não há melhor momento para a liderança polaca na União Europeia. Porque a vitalidade da democracia polaca e seu senso de identidade nacional tornam a União Europeia mais forte. Porque a Polónia é uma fonte de resiliência em um momento em que o autoritarismo e o populismo ameaçam nossos valores.”
O lema da Presidência polaca “Segurança, Europa!”. Um tema que António Costa quis relevar referindo: “A nossa União nasceu como um projeto de paz após a Segunda Guerra Mundial, e precisamos fortalecer, mais uma vez, a nossa segurança para garantir a paz na Europa.
Sobre o conflito militar que envolve a Ucrânia a Rússia o Presidente do Conselho Europeu afirmou: “A Ucrânia deve permanecer como a nossa principal prioridade. Este ano, devemos continuar a apoiar a Ucrânia – tanto quanto necessário, pelo tempo que for necessário, para ganhar uma paz abrangente, justa e duradoura. O direito internacional deve prevalecer, pela liberdade do povo ucraniano e pela nossa segurança comum”.
Um apoio à Ucrânia que passará pelo reforço militar e para isso “precisamos continuar a ver a defesa como uma prioridade estratégica para a União Europeia. Tornando-nos mais fortes, mais eficientes, mais resilientes e, sim, mais autónomos. Investindo mais e melhor juntos, com criatividade e pragmatismo para encontrar novas soluções. Sempre trabalhando por uma forte parceria transatlântica e cooperação com a NATO.”