A queda do Governo de Michel Barnier, em França, coloca a questão política crucial sobre “que caminho seguir” no campo do Partido do Presidente Macron. As últimas eleições legislativas criaram um Parlamento dividido em três grandes blocos, sem que haja um com maioria.
“É ultrajante que o primeiro-ministro Michel Barnier tenha implorado o apoio do Rassemblement National de extrema-direita de Marine Le Pen, em vez de procurar a estabilidade junto das forças democráticas e progressistas”, reagiu Mélanie Vogel, copresidente do Partido Verde Europeu e membro do Les Ecologistes no Senado francês, citado em comunicado do Partido.
O grupo dos Verdes na Assembleia Nacional francesa colocou uma proposta para um Governo que, em grandes prioridades, seja capaz de encontrar uma maioria no campo democrático – conhecido em França como a “Frente Republicana”, ou seja, os que se recusam colaborar com a extrema-direita. Para os Verdes o Governo deveria preparar as próximas eleições, mas para serem realizadas na base de uma representação proporcional.
“Os Verdes franceses estão claramente preparados para isto. A grande questão política dirige-se agora aos membros do campo do presidente francês Macron: que é que eles mais se opõem? A orientação política da Nova Frente Popular ou da extrema-direita? Se o lado de Macron o quiser, é possível tirar a França do caos e acabar com a erosão da sua democracia”, afirmou Mélanie Vogel
Ora, o Partido Verde Europeu vem assumindo que dá o seu total apoio à Nova Frente Popular (NFP), a aliança na qual os Verdes franceses de Les Ecologistes desempenham um papel importante.
“Os Verdes franceses fazem campanha pela justiça social, pela ambição climática e pelo reforço da democracia e das liberdades públicas. Oferecem uma alternativa ao governo controlado pela extrema-direita. Não esqueçamos que, nas últimas eleições francesas, em Junho, 65% dos franceses votaram em partidos e valores democráticos”, afirmou o copresidente do Partido Verde Europeu, Thomas Waitz, citado em comunicado do Partido.
