Na cerimónia de transferência de poderes com do Presidente do Conselho Europeu cessante, Charles Michel, para o novo Presidente, António Costa, este lembrou que serviu Portugal como autarca de Lisboa e como Primeiro-Ministro de que se orgulha e que do mesmo modo tem orgulho em servir a União Europeia.
União como força vital
“Hoje em dia, neste mundo globalizado, a única maneira de ser verdadeiramente patriota, de garantir a soberania, é construir uma Europa comum. Porque somente juntos, podemos lutar pela segurança, estabilidade e paz no nosso continente. Somente juntos podemos alcançar prosperidade compartilhada, crescimento económico e transição climática. Somente juntos podemos fazer a voz da Europa ser ouvida no cenário internacional. Então, a unidade é a força vital da União Europeia”, disse António Costa.
No entanto, o novo Presidente do Conselho Europeu lembrou que entre os 27 Estados-Membros da União Europeia, pelas suas histórias e culturas diferentes, há opiniões e modos de o olhar para o mundo de diferentes localizações geográficas, e que “essa diversidade é perfeitamente natural. Ela enriquece-nos. E podemos, de fato, aproveitá-la. É a força da Europa.”
Partindo de que “a unidade da Europa na diversidade é notável”, António Costa afirma: “Como Presidente do Conselho Europeu, farei da minha missão diária construir esta unidade e valorizar a nossa diversidade natural.”
A guerra na Ucrânia
Olhando para a guerra na Ucrânia António Costa assume que passados mil e dez dias de guerra na Ucrânia, ”todos nós ansiamos por paz. Especialmente o povo ucraniano combativo e heroico. Mas paz não pode significar a paz de um cemitério. Paz não pode significar capitulação. Paz não deve recompensar o agressor. A paz na Ucrânia deve ser justa; deve ser duradoura e deve ser baseada no direito internacional.”
Também olhando para a geografia o novo Presidente do Conselho Europeu indica: “Esta guerra é em solo europeu, mas estão em jogo os princípios universais consagrados na Carta das Nações Unidas: o direito dos povos à autodeterminação, o direito das nações de escolherem seu próprio futuro e o respeito pela integridade territorial e pelas fronteiras dos estados.”
Assente na geografia e para garantir que a União Europeia seja “um projeto de paz” é “tornando-nos mais fortes, mais eficientes, mais resilientes e, sim, mais autónomos em segurança e defesa”, mas “sempre trabalhando por uma forte parceria transatlântica.”
Alargamento da União Europeia
“A ampliação para os Balcãs Ocidentais e nossos vizinhos orientais é uma ferramenta poderosa para a paz, segurança e prosperidade – e um imperativo geopolítico”, para isso António Costa defende que União Europeia como os países candidatos têm de avançar rapidamente, mas “sem cronogramas artificiais, mas também sem obstáculos indevidos.”