A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) em Baku, Azerbaijão, terminou, hoje, 24 de novembro de 2024, que Simon Stiell, Secretário Executivo da Organização das Nações Unidas (ONU) para Mudanças Climáticas, classificou de “uma jornada difícil”, mas que foi possível chegar a um acordo.
O acordo estabelece uma nova meta financeira que Simon Stiell classificou como “uma apólice de seguro para a humanidade, quando se verifica um agravamento dos impactos climáticos que atingem todos os países.”
No entanto, afirmou Simon Stiell, “como qualquer apólice de seguro, ela só funciona se os prémios forem pagos integralmente e em dia. As promessas devem ser cumpridas para proteger milhares de milhões de vidas”.
Para este responsável da ONU o acordo alcançado “manterá o boom da energia limpa a crescer, ajudando todos os países a compartilhar os seus enormes benefícios: mais empregos, crescimento mais forte, energia mais barata e mais limpa para todos.”
A COP29 permitiu “traduzir as promessas da COP28 em resultados reais para proteger as pessoas, a prosperidade e o planeta”, e Simon Stiell referiu: “Na COP28, o mundo concordou em triplicar as energias renováveis. Na COP29, triplicamos o financiamento climático, e os países trabalharão para mobilizar muito, muito mais.”
O acordo estabelece uma nova meta de financiamento 300 mil milhões do dólares por ano destinado aos paises em desenvolvimento, que é três vezes mais que a meta anterior de era de 100 mil milhões do dólares, um investimento anual assumido até 2035.
Também, “na COP28, o mundo concordou em aumentar a resiliência climática. A COP29 ajudará a financiar proteções reais para os que estão na linha de frente, especialmente os mais vulneráveis”. “A COP29 também chegou a um acordo global sobre mercados de carbono, após quase uma década de trabalho duro, onde várias COPs anteriores não conseguiram”.
Simon Stiell indicou que “nenhum país conseguiu tudo o que queria, e deixamos Baku com uma montanha de trabalho para fazer” e acrescentou: “Não vamos esquecer que, sem a cooperação global convocada pela ONU, estaríamos a caminhar para 5 graus de aquecimento global.”