Conselho Europeu quer Comissão mais ativa para aumentar potencial da União Europeia

Conselho Europeu quer Comissão mais ativa para aumentar potencial da União Europeia
Conselho Europeu quer Comissão mais ativa para aumentar potencial da União Europeia

O Conselho Europeu que decorreu em Budapeste, Hungria, conclui com um conjunto de pontos para a defesa dos interesses da União Europeia, nomeadamente:

Intensificar os esforços para o pleno funcionamento do mercado único e libertar todo o potencial enquanto motor fundamental da inovação, do investimento, da convergência, do crescimento, da conectividade e da resiliência económica. Para isso a Comissão Europeia deverá apresentar, até junho de 2025, uma estratégia horizontal nova e abrangente para aprofundar o mercado único, incluindo um roteiro com prazos e marcos claros.

Avançar para uma União da Poupança e dos Investimentos até 2026, e realizar rapidamente progressos quanto à União dos Mercados de Capitais, para criar mercados de capitais europeus verdadeiramente integrados, que sejam acessíveis a todos os cidadãos e empresas. Também, deve ser concluída a União Bancária.

Assegurar a renovação industrial e a descarbonização, para que a UE continue a ser uma potência industrial e tecnológica. Para o efeito, vai ser desenvolvida uma política industrial europeia que assegure o crescimento das tecnologias essenciais de amanhã, prestando especial atenção às indústrias tradicionais em transição. A Comissão Europeia deverá apresentar, com caráter prioritário, uma estratégia industrial abrangente em prol de indústrias competitivas e empregos de qualidade.

Lançar uma revolução em termos de simplificação, assegurar um quadro regulamentar claro, simples e inteligente para as empresas e reduzir drasticamente os encargos administrativos, regulamentares e de comunicação de informações, em especial para as PME. A Comissão Europeia deverá apresentar propostas concretas sobre a redução dos requisitos em matéria de comunicação de informações em, pelo menos, 25 % no primeiro semestre de 2025, e a inclusão de avaliações de impacto da burocracia e da competitividade nas suas propostas.

Aumentar a prontidão e as capacidades em matéria de defesa, nomeadamente reforçando em conformidade a nossa base tecnológica e industrial de defesa. O Alto Representante e a Comissão Europeia devem apresentar opções desenvolvidas de financiamento público e privado. Além disso, aproveitaremos o potencial da indústria espacial.

Colocar a Europa na vanguarda da investigação e inovação a nível mundial, especialmente em matéria de tecnologias disruptivas, e cumprir o objetivo de atingir a meta de despesa de 3 % do PIB em I&D até 2030.

Alcançar a soberania energética estratégica e a neutralidade climática até 2050. Para o efeito, irá ser construída uma verdadeira União da Energia caracterizada por um mercado da energia plenamente integrado e interligado, a título prioritário, através da descarbonização da matriz energética e do aprovisionamento de energia limpa a preços comportáveis a todos os s cidadãos e empresas europeias. Serão tomadas medidas urgentes para fazer face à situação resultante dos preços elevados e voláteis da eletricidade na Europa e às suas causas.

Construir uma economia mais circular e eficiente em termos de recursos e desenvolver um mercado integrado de materiais secundários, especialmente de matérias-primas críticas. A Comissão deve apresenta um ato legislativo sobre a economia circular.

Reforçar as capacidades tecnológicas da UE, acelerar a transformação digital em todas as indústrias, aproveitar as oportunidades da economia dos dados, garantindo simultaneamente a privacidade e a segurança, e promover o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. A Comissão deve apresentar propostas até junho de 2025.

Aproveitar os talentos da Europa e investir em competências para promover empregos de elevada qualidade em toda a União. Procuraremos reforçar o diálogo social, defender a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades, em consonância com o Pilar Europeu dos Direitos Sociais.

Prosseguir uma política comercial ambiciosa, sólida, aberta e sustentável, articulada em torno da Organização Mundial do Comércio (OMC), que defenda e promova os interesses, a diversificação económica e a resiliência da UE. Reforçaremos a segurança económica, defendendo ao mesmo tempo uma economia aberta e construindo parcerias internacionais.

Concretizar um setor agrícola competitivo, sustentável e resiliente, proporcionar um quadro estável e previsível aos agricultores, reforçar a sua posição na cadeia de abastecimento alimentar e assegurar uma concorrência leal a nível mundial e no mercado interno.