O Conselho da União Europeia aprovou as conclusões do relatório do Tribunal de Contas Europeu (TCE) sobre o fortalecimento da União Europeia (UE) em matéria de Inteligência Artificial (IA). Um fortalecimento através do reforço da governação e da garantia de um maior investimento e mais focado no domínio da IA.
O relatório indica que se prevê que o mercado global de IA cresça anualmente 15,8% durante o período 2024-2030, para 680 mil milhões de euros em 2030. E considera que a adoção de tecnologias de IA pelas empresas e pelo setor público pode levar a ganhos de produtividade em toda a cadeia de valor (da investigação ao marketing) em vários sectores económicos da UE, e que poderá ajudar a resolver diversos desafios.
O relatório descreve que dado que a IA é uma tecnologia inovadora, o investimento eficiente na área será provavelmente um fator-chave para determinar a velocidade do crescimento económico nos próximos anos.
Vários países em todo o mundo estabeleceram como objetivo estratégico tornarem-se líderes no desenvolvimento e implementação da IA. Na frente encontram-se os EUA que são seguidos pela China em termos de investimentos, a UE surge até agora muito distante dos dois líderes.
O Conselho da UE concordou com a conclusão do Tribunal de Contas que a UE deve aumentar os investimentos em IA e facilitar o acesso à infraestrutura digital para ser um ator globalmente competitivo com impacto global, assumir a liderança no desenvolvimento e na implantação de IA, promover talentos e criar um ecossistema de excelência e confiança.
Além disso, o Conselho sublinhou que o impacto ambiental dos sistemas de IA, da computação de alto desempenho e das possíveis soluções para aumentar a eficiência energética, bem como garantir uma cadeia de fornecimento de hardware fiável, são fatores importantes que também devem ser tidos em conta nas políticas de IA.
O Conselho também concorda com o exposto no relatório que a cooperação e colaboração estreitas com os Estados-membros e organizações internacionais, com vista a maximizar o impacto dos investimentos a nível da UE e nacional, ao mesmo tempo que capitaliza as sinergias, é um elemento-chave para garantir a liderança global da UE em IA e o seu posicionamento como um ponto de referência para a governação da IA.
O relatório indica que a IA pode impulsionar a competitividade europeia se os resultados dos projetos de Investigação e Inovação forem comercializados ou explorados direta ou indiretamente, um entendimento que mereceu a concordância do Conselho da UE.