OMS: segunda dose da vacinação contra a poliomielite decorre em Gaza onde os cuidados médicos continuam a ser atacados

OMS: segunda dose da vacinação contra a poliomielite decorre em Gaza onde os cuidados médicos continuam a ser atacados
OMS: segunda dose da vacinação contra a poliomielite decorre em Gaza onde os cuidados médicos continuam a ser atacados. Foto: © UNOCHA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou no dia 14 de outubro, em Gaza, a segunda ronda da campanha de vacinação contra a poliomielite, e pretende atingir mais de meio milhão de crianças.

O Diretor Geral da OMS disse hoje, 16 de outubro, que para interromper a transmissão do poliovírus são necessárias no mínimo duas doses da vacina. O controlo da transmissão “só será alcançado se pelo menos 90% de todas as crianças elegíveis forem vacinadas em todas as comunidades e bairros”, de Gaza.

Com a entrega da segunda dose “as crianças também receberão vitamina A para ajudar a aumentar sua imunidade”. Mas, o Diretor Geral da OMS referiu que “a crescente violência no norte de Gaza impediu que missões humanitárias levassem alimentos e suprimentos médicos às pessoas”.

As forças israelitas têm vindo a impedir todos os acessos ao norte de Gaza, onde cerca de 400 mil pessoas têm estado isoladas e às quais foi dadas ordens para se descolaram para sul. Entretanto, o Diretor Geral da OMS lembra que “na primeira metade de outubro, apenas uma missão da ONU de 54 para o norte de Gaza foi facilitada com sucesso. O resto foi negado, cancelado ou impedido”.

Numa situação de extrema catástrofe o Diretor Geral da OMS pede “a Israel que dê à OMS e aos parceiros acesso ao norte para que possamos alcançar aqueles que precisam desesperadamente de ajuda”.

Entretanto, “no último sábado, a OMS e parceiros conseguiram finalmente entregar suprimentos e combustível aos hospitais Kamal Adwan e Al-Sahaba, após nove tentativas na semana passada”, mas “a assistência médica continua a ser atacada. Na segunda-feira, o pátio do hospital Al Aqsa em Deir Al Balah foi atingido por um ataque aéreo, sendo a oitava vez que o complexo hospitalar Al Aqsa foi atacado desde março deste ano”.

O Diretor Geral da OMS lembrou: “De acordo com o direito internacional humanitário, todos os atores têm o dever de garantir que os cuidados de saúde sejam protegidos e não atacados.”