Turismo em Aveiro bate recordes em 2024

Em Aveiro, o número de visitas às lojas turísticas duplicou e a entrada nos Museus aumentou 60%. Autarquia de Aveiro defende introdução de IVA Turístico em vez de um novo imposto ou taxa turística.

Turismo em Aveiro bate recordes em 2024
Turismo em Aveiro bate recordes em 2024. Foto: Rosa Pinto

O turismo em Aveiro está a bater todos os recordes em 2024, anunciou o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, na abertura do congresso bienal da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.

O Presidente da Câmara adiantou que, em agosto deste ano face ao período homólogo, o número de visitas às lojas turísticas de Aveiro duplicou e registou-se um aumento de 60% nas idas aos Museus do Município. Uma tendência que se manteve em setembro de 2024, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior: houve uma subida de 60% nas visitas às lojas turísticas e de 13% no que toca aos museus.

Ribau Esteves acrescentou: “Aveiro é uma marca de crescimento e eu quero agradecer a todos os que nos têm ajudado”, e “como motor principal” as “empresas privadas, das mais micro às grandes multinacionais”.

IVA Turístico em vez de taxa turística

Ribau Esteves defendeu que o facto de Aveiro ser o único Município que, atualmente, já tendo tido taxa turística acabou com ela deixando de cobrar taxa turística, e propõe um aumento da percentagem do IVA Turístico que reverte para os Municípios, permitindo às Câmaras uma gestão mais eficaz do fluxo de turismo no seu território.

O autarca referiu: “A lógica que defendemos é o que já está na Lei das Finanças Locais, não é preciso inventar um imposto novo. A única alteração que se deve fazer nesta Lei é tornar relevante a percentagem do IVA Turístico que fica como receita das Câmaras, o IVA que os consumidores de turismo pagam.”

Câmaras devem regular alojamento local

O Presidente da Câmara de Aveiro fez ainda referência ao alojamento local e às políticas implementadas pelo anterior Governo, através do Programa Mais Habitação, e referiu:

“Somos contra as limitações absurdas ao alojamento local e somos a favor da liberalização das atividades, com uma condicionante: quem conhece o território é quem tem de acautelar o licenciamento.”

Ribau Esteves relevou ainda que são as Câmaras Municipais, entidades que melhor conhecem as dinâmicas territoriais e que controlam os mecanismos locais de desenvolvimento urbano, que devem licenciar o alojamento local.

“Não pode ser uma Lei do País a regular esta atividade e exige-se uma descentralização desta componente. Temos de deixar de ter um País em que se quer mandar em tudo de um só sítio, porque, para crescermos, temos de dar poder a cada um dos territórios”, defendeu o autarca de Aveiro.

“Há quem ache que Portugal depende demasiado do Turismo, mas devemos usar este excelente exemplo para que outros setores cresçam tanto e tão bem quanto o Turismo tem crescido”, concluiu o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro.