Dia Mundial da Raiva: Veterinários alertam para educação para prevenir e combater a raiva

Dia Mundial da Raiva: Veterinários alertam para educação para prevenir e combater a raiva
Dia Mundial da Raiva: Veterinários alertam para educação para prevenir e combater a raiva

A raiva é um vírus que afeta o sistema nervoso central em mamíferos, levando à inflamação cerebral e da medula espinhal. A raiva é quase sempre fatal quando há sintomas, mas também é 100% prevenível com precauções adequadas e vacinação.

Assim, é importante entender os riscos e tomar medidas preventivas para proteger animais, famílias e comunidades. Uma ação importante quando se assinala o Dia Mundial da Raiva, a 28 de setembro.

“Os sintomas começam com mudanças comportamentais ou sinais inespecíficos, como febre, dor de cabeça e náusea, e então progridem para sinais neurológicos. Os animais não espumam pela boca, mas podem ter dificuldade para engolir, então salivação excessiva pode ser um sinal”, explicou Tanya LeRoith, diretora do hospital no Virginia-Maryland College of Veterinary Medicine.

Especialistas indicam que é importante ter cuidado com todos os mamíferos selvagens, e os “animais de estimação têm mais probabilidade do que pessoas de entrar em contato com a vida selvagem, e impedir a infeção de animais de estimação pode prevenir quase todos os casos humanos”, disse LeRoith. “A melhor maneira de as pessoas se protegerem e protegerem seus animais de estimação é vaciná-los contra a raiva.”

Se um animal morder o seu animal de estimação, consulte o médico veterinário imediatamente e relate o incidente. Também entre em contato com o médico veterinário imediatamente se notar os seguintes sintomas em seu animal de estimação:

  • Agressividade ou mansidão incomuns
  • Baba excessiva
  • Dificuldade em engolir
  • Cambaleando ou paralisando
  • Convulsões

Também há precauções que pode tomar para reduzir o risco de exposição:

  • Mantenha os animais de estimação supervisionados ao ar livre.
  • Evite o contato entre animais de estimação e animais selvagens.
  • Não deixe comida de animais de estimação ou lixo do lado de fora da casa.
  • Nunca tenha animais selvagens como animais de estimação.

Mesmo que não tenha animais de estimação, as pessoas também devem ficar longe da vida selvagem. Ensine as crianças a nunca se aproximarem ou manusearem animais desconhecidos, mesmo que pareçam amigáveis.

“As pessoas devem evitar a vida selvagem, especialmente aquelas muito amigáveis ​​ou que mostram sinais neurológicos”, referiu a especialista.

Em Portugal a Direção Geral de Alimentação e Veterinária divulga na sua página web alguns factos sobre a raia, nomeadamente:

A raiva é uma zoonose mortal.

Todos os anos morrem cerca de 59 000 pessoas devido à raiva, na maioria crianças que vivem em meios rurais.

A cada 9 minutos uma pessoa morre no mundo em consequência da raiva.

Mais de 95 % dos casos de raiva em humanos devem-se a mordeduras de cães infetados.

Praticamente 100 % dos casos de raiva em humanos podem ser evitados.

A solução é vacinar os cães: vacinando, pelo menos, 70% dos cães podemos eliminar quase todos os casos de raiva no homem.

Ao vacinar um cão estamos a contribuir para eliminar a raiva e tornamo-nos membros ativos para o objetivo comum de erradicação da raiva.

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária Portugal esclarece que Portugal é um País indemne de Raiva desde 1961, no entanto, considerando a necessidade de todos se manterem alerta faz um conjunto de recomendações, nomeadamente:

Vacine os seus cães contra a raiva.

Nunca traga das suas viagens animais que não cumpram as normas sanitárias exigidas para a entrada a partir de outros países.

Não adquira animais sem garantir que provêm de criadores ou de operadores comerciais autorizados e, se provenientes de outros países, assegure-se que esses animais viajaram em cumprimento dos requisitos previstos na legislação aplicável. Não receba nem adquira animais sem a documentação de identificação e sanitária própria. Se tiver dúvidas, não arrisque!

Caso o animal apresente alteração de comportamento, ou mostre sinais de agressividade, dirija-se a um médico veterinário para avaliação clínica.

Se o seu animal tem origem noutro país com risco de raiva ou viajou a partir de um país com risco de raiva, e vier a apresentar, num período de 6 meses, alterações de comportamento ou mostrar sinais de agressividade, ou se morrer subitamente, mesmo que não tenha apresentado quaisquer sinais de doença, participe a situação a um médico veterinário para que seja possível fazer o despiste de raiva.

Se viajar para países com risco de raiva não interaja com animais suscetíveis à raiva, quer animais domésticos, quer animais selvagens. Não alimente estes animais, não permita que os animais o/a mordam, arranhem ou lambam. Se tal acontecer, lave abundantemente a zona/ferida com água e sabão e recorra tão breve quanto possível a aconselhamento médico para despiste de raiva e eventual profilaxia pós exposição.