Mário Soares nasceu em Lisboa em 1924, licenciou-se em 1951 em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade e Lisboa e em 1957 licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito, também, pela Universidade de Lisboa.
Desenvolveu atividade de advogado tendo, nessa qualidade, defendido presos políticos, participado em julgamentos no Tribunal Plenário e no Tribunal Militar Especial. Foi também professor do ensino secundário no colégio Moderno criado pelo pai João Lopes Soares, sacerdote e pedagogo e Ministro das Colónias na Primeira República.
Foi candidato a deputado à Assembleia Nacional do Estado Novo, preso e deportado para a ilha de São Tomé em 1968, para em 1970 ir para o exílio, em França.
Mário Soares regressou a Portugal a 28 de abril de 1974, e foi o líder político que mais visivelmente lutou pela democracia, tendo liderado o Partido Socialista nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.
De maio de 1974 a março de 1975 ocupou o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, desempenhando um papel importante no dossier da independência das ex. colónias portuguesas.
Desempenhou um papel importante na adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia tendo subscrito pelo país, como Primeiro-Ministro, o Tratado de Adesão, a 12 de julho de 1985.
Mário Soares ocupou o cargo de Primeiro-Ministro entre 1976 e 1977 no primeiro Governo Constitucional, em 1978 no segundo Governo Constitucional e entre 1983 e 1985 no terceiro Governo Constitucional.
Entre 1986 e 1996 foi Presidente da Republica num primeiro mandato e de 1991 a 1996 num segundo mandato.
Mário Soares foi ainda eleito para deputado ao Parlamento Europeu e foi, entre outros atividades e nomeações, presidente da Comissão Mundial Independente sobre os Oceanos, presidente do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água, presidente da Fundação Portugal África, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa e fundador da Fundação Mário Soares.