Primeira decisão da Comissão Europeia sobre subsídios estrangeiros recebe apoio do Comité de Comércio do Parlamento Europeu

Primeira decisão da Comissão Europeia sobre subsídios estrangeiros recebe apoio do Comité de Comércio do Parlamento Europeu
Primeira decisão da Comissão Europeia sobre subsídios estrangeiros recebe apoio do Comité de Comércio do Parlamento Europeu. Foto: Rosa Pinto

A Comissão Europeia emitiu, hoje, 24 de setembro de 2024, a primeira decisão sob o Regulamento de Subsídios Estrangeiros. A investigação aprofundada, lançada em junho de 2024, envolveu uma aquisição comercial na qual a Emirates Telecommunications Group Company PJSC, de propriedade dos Emirados Árabes Unidos, pretendia adquirir o controlo exclusivo da operadora de telecomunicações europeia PPF Telecom Group BV, uma subsidiária do PPF Group, excluindo as suas operações checas.

A Comissão Europeia concluiu que a Emirates Telecommunications Group Company PJSC beneficia de subsídios estrangeiros, o que distorceria a concorrência no mercado interno, a saber, uma garantia ilimitada e subsídios estrangeiros concedidos à sua empresa-mãe, Emirates Investment Authority.

Entretanto, o adquirente, Emirates Telecommunications Group Company PJSC, ofereceu compromissos visando remediar as distorções resultantes dos subsídios estrangeiros identificados. A Comissão Europeia aceitou esses compromissos e aprovou a transação, sujeita ao cumprimento integral dos compromissos.

Sob o Regulamento de Subsídios Estrangeiros, que entrou em vigor em janeiro de 2023, a Comissão Europeia tem autoridade para investigar subsídios concedidos por autoridades públicas não pertencentes à União Europeia (UE) a empresas que operam dentro da UE. Se tais subsídios distorcerem a concorrência na UE, a Comissão Europeia pode tomar medidas corretivas para mitigar o seu impacto.

O presidente do Comité de Comércio, Bernd Lange, do Parlamento Europeu declarou que “a decisão de hoje mostra que a UE está disposta a defender seu mercado contra a concorrência estrangeira desleal, ao mesmo tempo em que permanece aberta ao comércio e ao investimento. A Comissão conduziu uma investigação muito completa, e a sua decisão é equilibrada e bem fundamentada. Esta decisão é mais uma prova de que o regulamento preenche uma lacuna importante em nossa legislação.”